André é o personagem com autismo da turma da Mônica. foto: Turma da Mônica/ Divulgação.
Todo ano, a ONU promove um evento em Nova York para lembrar a data. Foto: ONU/Divulgação

Por Helena Rinaldi

No Dia Mundial da Consciência do Autismo, 2 de abril, a Organização das Nações Unidas (ONU) irá realizar seu tradicional evento para homenagear a data em Nova York, nos Estados Unidos. Desta vez, o tema é o uso da tecnologia para ajudar no dia a dia de pessoas com autismo, já que essa condição faz o cérebro funcionar de um jeito diferente.

Como as crianças com autismo muitas vezes podem ter dificuldade para se comunicar, tanto por gestos como escrevendo ou falando, muitos aplicativos foram criados para ajudá-las. Confira alguns:

Story Creator: possibilita que as crianças compartilhem seus pensamentos por meio de desenhos, fotos, vídeos, textos e áudios. Assim, podem compartilhar suas criações tanto por e-mail como para outros que tenham o aplicativo, como pais, amigos ou professores;

Autism Emotion: por meio de fotos, músicas e slideshows, este aplicativo ensina crianças autistas sobre emoções como felicidade, orgulho e calma. Isso é importante porque algumas pessoas autistas podem ter dificuldade em se comunicar com expressões faciais;

Autismo iHelp: esta ferramenta ajuda as crianças com autismo a aprender palavras que expressam sentimentos;

Livox: colabora com pessoas com dificuldade de falar e escrever a se expressar;

Chups: organiza as tarefas da rotina de quem não consegue se expressar com facilidade, ajuda na comunicação e acalma nos momentos de crise.

Mas, afinal, o que é o autismo?

Também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo é o que faz o cérebro de algumas pessoas funcionar de um jeito diferente. Muitas vezes, as crianças com esse transtorno podem ter dificuldades para se comunicar, seja usando fala, gestos ou expressões faciais. Elas também podem se sentir desconfortáveis em ficar próximas de outras pessoas e olhar olho no olho.

Isso não significa que as crianças com autismo não conseguem se divertir, e sim que elas podem ter um modo diferente como se entreter. Em uma entrevista ao Joca, a doutora Rosa Magaly de Morais, psiquiatra especialista em infância e juventude do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, explica que, às vezes, brincar com a luz ou uma cordinha pode ser bem mais atrativo para elas do que os brinquedos desejados por outras crianças.

Entretanto, essas diferenças não são iguais para todo mundo. A doutora Rosa explica: “Existem vários níveis de autismo, e algumas pessoas com autismo têm mais desafios do que outras para serem independentes. É como se o autismo estivesse na parte mais alta de uma escada e os níveis de autismo fossem cada degrau. Quanto mais alto, mais precisarão de ajuda”.

Apesar de ainda ninguém conhecer a causa do autismo, os médicos da área sabem que ele pode existir desde o nascimento e que continua por toda a vida. “Por volta dos 2 anos, os sintomas de autismo são mais fáceis de perceber pelo atraso no aparecimento da fala. Mas, em pessoas com TEA leve, o diagnóstico pode ser feito perto dos 6 anos”, explica a doutora Rosa.

Ajuda
Apesar de o autismo não ter cura, existem várias formas de colaborar com o tratamento. Além do auxílio profissional de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e fisioterapeutas, por exemplo, todos os que convivem com alguém com Transtorno do Espectro Autista podem participar. Para isso, a doutora Rosa tem algumas recomendações de como você pode ajudar um colega com autismo:

Turma da Mônica terá tirinha inédita sobre autismo

Instituto Mauricio de Sousa lança tirinha em homenagem ao Dia Mundial do Racismo, com o personagem André. Imagem: Divulgação

Para lembrar a data, o Instituto Mauricio de Sousa publica uma tirinha inédita que tem como personagem principal o André, que faz parte da Turma da Mônica e é autista.

Além disso, foram lançadas seis minianimações que mostram os sinais do autismo e podem ser acessadas no canal Mauricio de Sousa Produções.

Fontes: iTunes, M de Mulher, Revista Autismo, Saber Incluir, Saber Incluir e ONU.  

#PraCegoVer

Imagem 1: A fotografia foi tirada de uma mesa de madeira clara onde há uma tela com a pintura de um coração de fundo vermelho com o contorno colorido em um fundo azul escrito “Autism Awareness”, que significa consciência do autismo e cada letra tem uma cor diferente. Ao fundo há uma jarra de água e copos de vidro e um homem de terno e óculos de grau, desfocados.

Imagem 2: O infográfico em aquarela apresenta dicas de como ajudar uma criança autista, sendo elas:

· Comece tirando todas as suas dúvidas sobre autismo. “Prestar atenção na pessoa de quem você quer se aproximar e entender a melhor maneira de se comportar são atitudes importantes. Além disso, vale sempre perguntar para um colega com TEA ou para quem cuida dele o que você pode ou não fazer”, ela explica.

· Lembre que, da mesma forma que existe a dificuldade em falar, pode haver dificuldade em entender. Portanto, sempre cheque se o entendimento da fala foi correto

· Respeite as particularidades de cada um. Para contato mais próximo sempre pedir autorização: “posso lhe abraçar? Posso lhe ajudar dando a mão? “

· Tenha paciência. Nem sempre algo que é fácil para você pode ser fácil para uma criança com TEA.

· Organize o ambiente para diminuir sensações desagradáveis. Muitas vezes, as crianças com autismo são mais sensíveis a essas sensações, principalmente a barulhos altos.

· Tente não tirar crianças com autismo das suas rotinas. Isso pode gerar um desconforto grande para elas, que nem sempre gostam de mudanças.

Imagem 3: A tirinha de Maurício de Sousa apresenta os personagens Cebolinha, Cascão e André.
No primeiro quadro, Cebolinha está no Rio de Janeiro a noite e, espantado, aposta para o Cristo Redentor e diz: “Cascão, temos uma missão aqui no lio de janeilo! Descoblir quem deixou o Clisto Ledentor todo azul!”
No quadro seguinte, Cascão aponta para André, que está sentado na grama verde lendo um livro azul e diz: “É por causa do André e mais um monte de gente que também é autista!”. Confuso e de braços abertos, Cebolinha pergunta: “Como assim?”
No terceiro e último quadro, Cascão sorri, com as mãos para trás e explica: “É que, hoje, é dia 2 de abril, o dia mundial do autismo! É quando muitos monumentos do mundo todo se iluminam de azul para a conscientização!”. Ao fundo, André escuta a conversa e repete: “Para a conscientização!”, enquanto Cebolinha o observa e sorri.

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