Dia-do-Radio

Quem acompanha o programa Revisteen CBN Joca já está acostumado com a voz de nossa entrevistadora. Jornalista com mais de 15 anos de experiência, Petria Chaves é a apresentadora da atração: é ela quem lê as notícias, conversa com os entrevistados e dá o famoso “olá” ao início de cada episódio.

Mas não é só no Revisteen que a voz de Petria pode ser ouvida. Se os seus pais costumam sintonizar na rádio CBN nas tardes de sábado e domingo, provavelmente você já ouviu a jornalista apresentando o programa Revista CBN, que fala sobre política, tecnologia e cultura, entre outros assuntos.

A história de Petria com o rádio, na verdade, começou nos tempos de faculdade. Lá, Petria participou da rádio universitária e fez um extenso trabalho no formato de um documentário de rádio. Depois de formada, no ano de 2006, ela entrou para a equipe da CBN, em que trabalhou primeiro como repórter e depois como editora (quem coordena o trabalho da equipe) e apresentadora.

Petria contou ao Joca como começou a trabalhar com rádio, quais são os maiores desafios desse tipo de veículo e como faz para se preparar para apresentar um programa. Confira na entrevista abaixo.

1) Como você começou a trabalhar com rádio? Era um sonho antigo seu?

Não era um antigo sonho meu trabalhar em rádio. Porém, a vida foi me levando para esse caminho. Eu entrei na faculdade e, logo no segundo ano, comecei a trabalhar na Rádio Gazeta Universitária. No meu TCC [Trabalho de Conclusão de Curso, que o estudante deve entregar no último ano da faculdade], eu fiz um documentário de rádio. Então, o meu TCC foi um grande ensaio do que seria a minha vida profissional. Eu nunca tive sonhos, na verdade. A minha vida sempre foi acontecendo, sempre foi um processo.

2) Conte resumidamente como é a sua rotina na rádio, da chegada à saída.

No meio da semana, eu faço o espelho [espécie de roteiro] do meu programa. Eu penso nas entrevistas, nas atrações. Eu “bato” pauta [definir os assuntos que serão tratados] com o meu diretor entre terça e quarta –  faço isso da minha casa. Sábado e domingo são os dias em que eu vou para a rádio e apresento o programa ao vivo. Eu acordo muito cedo, 5h30 ou 6h, leio todos os jornais que posso e coordeno os repórteres que vão ao ar no meu programa. Lá pelas  11h, eu vou para a rádio. O meu programa [Revista CBN] começa às 12h e eu fico das 12h às 15h ao vivo no ar, todo sábado e domingo.

3) Qual é a sua parte favorita do trabalho? Por quê?

Eu amo tudo: entrar em contato com as pessoas, pensar em pautas, entrevistas… Mas estar no ar é a parte mais encantadora. Gosto de dar “boa tarde” para os ouvintes, conversar com as pessoas, responder no ar os e-mails que chegam para a rádio…

4) Para apresentar os programas, você faz algum tipo de preparação para a voz? Se sim, qual?

Nunca fiz trabalho para a voz. Sempre foi tudo muito natural. É claro que a prática me leva a saber fazer. Mas só a prática mesmo, não faço nenhum preparo vocal.

5) Você fica nervosa antes de apresentar os programas? Se sim, usa alguma técnica para se acalmar?

Eu não fico mais nervosa, só fico com a adrenalina que você tem que ter para começar um programa. Eu ficava nervosa no começo da carreira. Mas agora eu fico tranquila e empolgada. Uma técnica que eu uso para me acalmar é fazer ioga. Ela me ajuda a controlar as minhas emoções. Nós precisamos saber controlar as nossas emoções, porque entrar ao vivo na rádio não é fácil. Você tem que estar muito preparado.

6) Cite três momentos marcantes da sua carreira em emissoras de rádio e explique por que esses momentos foram significativos para você.

Entrar no ar é sempre muito intenso para mim, eu não tenho apenas alguns momentos marcantes. Todas as coberturas que eu fiz de política foram marcantes, por exemplo. Eu estava no ar na época do impeachment da Dilma, na prisão do ex-presidente Lula… Vários fatos do Brasil aconteceram quando eu estava no ar. Eu não saberia dizer só alguns marcantes. Todo dia é marcante pra mim.

7) Você criou dois programas na CBN, o Café Expresso CBN [atração que falava sobre assuntos que estavam sendo comentados nas redes sociais] e o Caminhos Alternativos [tratava sobre qualidade de vida e bem-estar]. Como surgiram as ideias para esses programas? Como foi ouvi-los no ar pela primeira vez?

Eu sou uma pessoa que não para de criar [risos]. Se eu parar por cinco minutos, eu já vou começar a criar um programa [risos]. Meu principal produto foi o Caminhos Alternativos, que fiz com a jornalista Fabíola Cidral. Quando ele estava no ar, era o programa de maior audiência da CBN. Foi maravilhoso ver o sucesso que ele fez. O Café Expresso foi muito legal também. Surgiu da necessidade de conversar com o público jovem.

8) Na sua opinião, qual é o maior desafio de trabalhar em uma emissora de rádio?

O maior desafio é lembrar que rádio não é igual a internet, jornal impresso ou televisão. No rádio, nós conversamos com as pessoas. Nós não precisamos ler texto formais [como no jornal, por exemplo] ou mostrar imagens formais. Trabalhar em rádio é um desafio e uma responsabilidade. Talvez o maior desafio seja lembrar que nós precisamos conversar com as pessoas, conectando-nos com elas.

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Comentários (4)

  • Danielle Azevedo Lima Penha de Freitas

    4 anos atrás

    muito bom

  • Danielle Azevedo Lima Penha de Freitas

    4 anos atrás

    muito bom

  • Danielle Azevedo Lima Penha de Freitas

    4 anos atrás

    ache legal a entrevista

  • João Luís Melo Pacifico de Souza

    4 anos atrás

    to amando

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