Objetos que somem e aparecem. Neve que surge no palco. Moedas que entram na tela do celular.

Esses são alguns dos números feitos pelo mágico e ilusionista Gustavo Vierini. Apaixonado pelo mundo da mágica desde a infância, Vierini encanta plateias com suas apresentações repletas de performances surpreendentes.

Tão surpreendentes que fizeram com que o mágico nascido em Petrópolis, no Rio de Janeiro, passasse a ser conhecido no mundo todo.

Em 2013, Vierini venceu o Merlin Award, um dos principais prêmios de mágica do mundo, considerado o Oscar do setor.

Além disso, obteve bons resultados na Copa do Mundo de Magia: em 2013, ficou em segundo lugar e, em 2015, terminou em terceiro.

Ao Joca, Vierini falou um pouco sobre sua trajetória, os desafios da profissão e o que é necessário para ser um mágico profissional. Confira a entrevista, abaixo.

1) Por que você decidiu seguir a carreira de mágico?

Quando eu tinha uns 7, 8 anos, assisti com o meu avô a um programa de TV que mostrava um mágico fazendo vários números incríveis. Em um dos números, ele fez nevar com um pedaço de papel e um copo de água. Perguntei ao meu avô como o mágico tinha feito aquilo e ele não teve resposta. Foi então que eu decidi que queria ser mágico para encantar e impactar as pessoas, da mesma forma como aquele mágico havia feito comigo e com meu avô naquele dia.

2)  Do que você mais gosta nessa profissão?

Gosto de trazer encantamento para o público, mostrar, por meio dos números, que nada nesta vida é impossível e que devíamos nos esforçar mais para alcançar o que queremos, em vez de ficar pensando que não vai dar certo ou que é impossível chegar lá.

3) Você já revelou para alguém os segredos por trás dos números?

Não. Minha esposa tem formação pela Escola Nacional de Circo e atuava como mágica também. Com ela, às vezes, compartilho ideias e peço opiniões em relação a um número novo.

4) Como você aprende seus números? Você já frequentou algum curso profissional de mágico?

Nunca frequentei nenhum curso de mágica. Comecei da maneira mais difícil. No início, aprendia assistindo às apresentações de outros artistas. Além disso, fiz muitas leituras para desenvolver os números. Mais tarde, conheci a distância [pela internet] alguns mágicos que me guiaram, me mostrando que caminho seguir e o que deveria ler [para aprimorar as habilidades], entre outros. Hoje, crio meus próprios números, além de trocar ideias e assistir a palestras com outros profissionais que compartilham técnicas.

6) O que é necessário para ser um mágico profissional?

Muita dedicação, estudo, treino e força de vontade. Como sempre dizem, a prática leva à perfeição.

7) Que dicas você daria para quem gostaria de seguir essa carreira?

Busque por um curso de mágica ou por um mágico profissional que possa guiá-lo de alguma forma. Existem também cursos on-line que podem ser úteis. Pratique muito antes de apresentar um número e nunca pense que você já é bom o suficiente.

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