Passagem desse gênero de corpo celeste pode ser a única até 2061
No dia 27 de setembro, o cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-Atlas, descoberto ainda no início de 2023, pelo observatório chinês de Tsuchinshan, poderá ser visto a olho nu no Brasil. Inclusive, é neste momento que a famosa “cauda” do cometa será criada, com a influência do calor do Sol derretendo o gelo presente no objeto e criando o rastro por trás do corpo celeste. No dia 13 de outubro, o C/2023 chegará o mais perto possível da Terra, a uma distância de 70.724.459 quilômetros.
Considerado com um dos cometas do século, pelo potencial de luminescência (o quanto o objeto irá “brilhar” para quem assiste da Terra) e visão, o cometa realiza uma órbita em movimento parabólico, o que o faz caminhar em direção oposta à maioria dos astros e planetas do Sistema Solar. Além disso, o corpo celeste é um cometa de “longo período”, o que significa que pode demorar milhões de anos para voltar a ser observado na Terra.
Mesmo com grande possibilidade de visão, principalmente no hemisfério sul, não é garantido que o cometa possa ser apreciado completamente a olho nu: segundo astrônomos, em virtude de condições como a imprevisibilidade do brilho de corpos desse tipo, talvez possa ser necessário o uso de equipamentos como binóculos e telescópios.
O melhor horário para ver o cometa, até o dia 6 de outubro, é durante o nascer do sol. Entre 7 e 11 do mesmo mês, o corpo será ofuscado pelo brilho do Sol; já após o dia 11, depois que ele atingir a maior proximidade da Terra, o momento ideal para ver o corpo será ao pôr do sol.
Vale lembrar que quem perder a oportunidade de assistir ao C/2023 A3 Tsuchinshan-Atlas provavelmente só poderá voltar a ver um cometa em 2061, com a passagem de Halley, que pode ser observado da Terra a cada 76 anos.
Formados por “restos” dos componentes que formaram os planetas do Sistema Solar, cometas são conglomerados de poeira cósmica, gelo e rochas. Os objetos, atraídos pela grande massa do Sol, orbitam o astro e viajam pelo Sistema Solar.
Fontes: Gov.br, Folha de S.Paulo, Exame e Brasil Escola.
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