Celebra-se a chegada do ano do dragão
O Ano-Novo chinês é comemorado de modo bastante diferente das famosas celebrações que acontecem em todo o mundo em 31 de dezembro e que marcam a passagem de um ano para o outro de acordo com o calendário gregoriano (saiba mais abaixo). A cultura chinesa celebra o que é chamado de “Ano-Novo lunar”, sempre no dia em que se inicia a segunda lua nova após o solstício de inverno.
Como a festa se baseia no calendário lunar e nas diferentes fases da Lua, não existe uma data anual fixa para a comemoração: ela muda a cada ano, entre o fim de janeiro e início de fevereiro. Em 2024, a celebração começou em 9 de fevereiro. Este será é o “ano do dragão”, segundo as tradições do país e o horóscopo chinês. As comemorações duram oficialmente três dias, mas podem se estender a até sete.
Segundo a cultura chinesa, em um dia de festa, Buda (famoso príncipe hindu e líder religioso do Budismo), convidou 12 animais especiais para a celebração. Então, homenageou-os de acordo com a ordem de chegada. Assim, foi definida a sequência dos animais que representam os anos chineses, respectivamente: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro, macaco, galo, cão e, por último, javali. Em um ciclo de 12 anos, os animais voltam a simbolizar diferentes períodos, trazendo também características pessoais para aqueles que nascem em seu ciclo, conforme o zodíaco chinês.
A chegada do Ano-Novo chinês é um dia de grande festa e sentimento de união entre as famílias. Com muitas tradições, a festividade é repleta de fogos de artifício, luzes coloridas, lanternas lançadas ao céu e pratos típicos. Milhares de habitantes viajam pelo país para encontrar parentes e celebrar a chegada do novo ano e toda sua simbologia, manifestando bons desejos para o período que se inicia.
Este é o ano do dragão com elemento madeira. Na cultura chinesa, isso significa que o ano será potente e repleto de desafios.
O calendário mais utilizado no mundo, atualmente, é o chamado gregoriano. Criado na Europa, em 1582, o calendário foi uma iniciativa do papa Gregório VIII e contabiliza os meses começando o ano em janeiro e terminando em dezembro. Já o chinês, o mais antigo de que se tem registro, pode ser considerado um calendário “lunissolar”, uma vez que se baseia nos movimentos do Sol e da Lua.
O ano chinês tem 12 lunações (período entre duas luas novas), totalizando 354 dias. Para acompanhar o ciclo solar (365 dias), a cada três anos é adicionado um novo mês ao ano chinês. A partir do dia 22, os chineses começam o ano 4720 deste calendário.
Embora seja uma comemoração chinesa, há celebrações no mundo todo, com festas que envolvem boa parte da Ásia Oriental — região que engloba países como Coreia do Sul e Japão. Além disso, comunidades chinesas espalhadas em outros continentes muitas vezes mantêm as tradições com festas. No Brasil, um dos principais locais em que há a celebração é o bairro da Liberdade, na cidade de São Paulo.
Solstício de inverno: fenômeno astronômico que marca o início do inverno. Ocorre por volta do dia 21 de junho no hemisfério sul da Terra e em 21 de dezembro no hemisfério norte.
Budismo: religião e doutrina filosófica construída a partir dos ensinamentos do líder religioso Buda. Tem aproximadamente 2.500 anos de história e valoriza, principalmente, a evolução espiritual humana pelo amor.
Horóscopo: estudo e crença que analisa posições de astros e planetas no momento de nascimento de uma pessoa. Os signos do zodíaco atribuem características pessoais aos nascidos em sua regência, que são determinadas em ciclos, de meses ou até anos, assim como no horóscopo chinês.
Fontes: National Geographic, UOL, O Povo, Wikipedia, G1, Extra, Mundo Educação, G1 e UOL.
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gostamos
Que interesante e saber sobre as differentes culturas!!! Eu nao sou familiar com a cultura chinesa depois de ler este artigo eu estou muito mais informada sabendo que o ano-novo chines e celebrado no mundo tudo.
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