Por Alex Pinsky Streinger, colunista mirim

Uma das coisas mais interessantes de Israel é o kibutz. Quando o país se tornou independente, em 1948, o kibutz era uma colônia agrícola coletiva, uma espécie de condomínio com muitas pessoas morando e trabalhando.  Com o tempo, algumas indústrias se instalaram no kibutz. Em um deles, vive a minha tia-avó, Cecília. E eu fui conhecê-la e saber mais sobre o local onde ela vive.

A ideia do kibutz é muito legal: no passado, as pessoas não precisavam de dinheiro, já que recebiam tudo o que precisavam: casa, comida, roupas. Não tinha ninguém rico ou pobre. Hoje em dia, o kibutz é muito diferente. No novo kibutz, tudo é menos compartilhado e cada pessoa tem a sua própria casa e o seu próprio dinheiro.

Para que os leitores entendam bem como ele funciona, vou contar algumas histórias interessantes da minha família. Uma delas é que as pessoas consideram todos que moram no kibutz como membros da família. Minha tia-avó, quando teve seu primeiro filho, não ficava cuidando muito dele. Na verdade, ela via o seu filho só duas horas por dia, por causa de suas tarefas, como trabalhar na clinica do dentista e na cafeteria.

Cecilia deixava-o com outras crianças em uma casa de crianças e ia ajudar a comunidade no trabalho coletivo. Outra história:  quando seu filho nasceu, Cecília queria ir para o Brasil para visitar os pais dela. O pai dela compraria a passagem. Porém, ela não tinha o poder de tomar a decisão sozinha, o assunto tinha que ser resolvido por todas as pessoas no kibutz. Decidiram que ela não poderia ir. Se ela tinha um pai para pagar sua passagem, havia vários membros do kibutz que não tinham ninguém para isso, mesmo porque muitos haviam perdido seus pais e demais familiares no Holocausto, a perseguição dos nazistas aos judeus.

 

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