Foto oficial do time da Copa de 2018.

Por Gabi Rossi

Na primeira coluna sobre os uniformes da seleção brasileira, falamos sobre os modelos usados pelos jogadores entre 1930 e 1958, quando o Brasil conquistou a taça pela primeira vez. Agora, vamos falar um pouco sobre os trajes que vieram depois.

Após a conquista do primeiro Mundial, o Brasil decolou. Na Copa do Mundo do Chile, disputada em 1962, a seleção venceu a Tchecoslováquia na final e virou bicampeã.

Uniforme do Brasil na Copa do Mundo de 1962.

A camisa “canarinho” parecia dar sorte. O modelo usado pelos jogadores era o mesmo do Mundial de 1958, com a diferença de que as camisetas de 1962 tinham mangas longas devido ao frio do inverno no Chile.

Década de 1970

A nova década começou muito bem para a seleção brasileira. Em 1970, o Brasil levantou a taça pela terceira vez e se tornou o país com o maior número de títulos em Copas do Mundo.

Nesse mundial, a “canarinho” passou por importantes mudanças. A gola passou a ser redonda, o escudo ficou menor e os números dos jogadores ficaram mais arredondados.

Uniforme do Brasil na Copa do Mundo de 1970.

Por outro lado, as cores continuavam as mesmas: amarelo com detalhes em verde nas mangas e na gola.

Outra grande curiosidade da década de 1970 diz respeito à confecção dos uniformes. Em 1978, a Confederação Brasileira de Desporto contratou pela primeira vez uma empresa de material esportivo para confeccionar os modelos da seleção.

Década de 1980

Em 1982, os uniformes feitos 100% em algodão começaram a se despedir dos mundiais. Com a preocupação de dar mais conforto e mobilidade aos atletas, o poliéster passou a ser usado nas confecções.

Neste mesmo ano, o escudo passou a incluir a sigla da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a Taça Jules Rimet e um ramo de café, que representava o patrocínio do IBC, Instituto Brasileiro do Café. A palavra “Brasil” abaixo do escudo também passou a ser adotada.

No ano de 1984, a camisa da seleção também passou por alterações: a gola polo voltou, o ramo de café foi retirado e, pela primeira vez, a logomarca da empresa que fabricava os uniformes passou a ser colocada na parte da frente das camisetas.

Uniforme da seleção brasileira de 1984.

Já na Copa de 1994, quando o Brasil conquistou o seu quarto título, as cores surgiram mais vibrantes. A marca da CBF aparece em três marcas d’água na parte da frente das camisas titular e reserva (simbolizando os 3 títulos já conquistados) e o escudo parou de ter a Taça Jules Rimet e o ramo de café, voltando ao design usado nas camisas dos três mundiais em que fomos vencedores. Assim como em 1958, o Brasil levantou a taça usando a camisa azul do uniforme reserva.

Uniforme da Copa do Mundo de 1994.

Em 1998, a Nike passou a ser a fabricante dos uniformes da seleção, o que trouxe algumas mudanças às camisas, que passaram a incluir uma listra grossa e duas mais finas nas mangas. Já o escudo, um pouco menor, passou a contar com quatro estrelas acima, simbolizando o tetracampeonato.

Jogador Bebeto após marcar um gol contra a Dinamarca na Copa de 1998.


Século 21

No mundial seguinte, em 2002, a Nike padronizou, em termos de tecnologia e estilo, os uniformes de todas suas seleções. Assim, a camisa amarela do Brasil passou a ter muitos mais detalhes em verde, enquanto a camisa azul começou a ter mais detalhes em branco. A mudança, ao que parece, deu sorte, já que o país venceu o Mundial e se tornou pentacampeão.

O jogador Ronaldo após marcar um gol contra a Alemanha na Copa de 2002.

Já nas Copas do Mundo de 2006, 2008 e 2010, as maiores mudanças foram no quesito tecnologia. Milhares e milhares de dólares foram investidos pelas empresas fabricantes, buscando promover maior mobilidade, conforto e rendimento aos atletas.

Conforme os anos passavam, mais avançada ficava a tecnologia – o que refletia diretamente na qualidade dos uniformes. Em 2014, a “canarinho” seguia simples, mas tecnologicamente melhor: tecido mais leve, antiaderente e capaz de manter o atleta mais seco. A gola voltou a ser em “V”, a palavra “Brasil” foi retirada e a camisa azul ganhou listras horizontais em vários tons de azul.

Na Copa de 2014, Brasil saiu da competição após perder de 7 a 1 para a Alemanha.

Atualmente

Nesta Copa, todos os modelos (camisas de jogo, peças de treino e produtos casuais) foram inspirados nos uniformes das seleções vitoriosas de 1958 e 1970. Os trajes apresentam menos fios e possuem texturas costuradas à trama, o que reduz o peso e permite a circulação de ar. Uma linha fina espaçada na parte interna promete maior agilidade aos jogadores.

Foto oficial do time da Copa de 2018.

Para encerrar essa coluna, aí vão alguns fatos curiosos sobre os uniformes usados em Copas do Mundo:

– Até 1950, as equipes não usavam uniformes com o padrão de número nas costas dos jogadores.

–  A camisa 10 só passou a ser famosa na Copa de 1958, na Suécia, quando foi usada pelo craque Pelé.

– O jogador que disputou mais jogos vestindo a camiseta da seleção Brasileira foi o Cafu. Ele participou de quatro Copas do Mundo e jogou em 20 partidas.

Quem é Gabi Rossi? 

Apaixonada por moda e tudo o que se refere a estilo, Gabi é mãe do Pipo, criadora de estampas e dona de 2 perfis de moda no Instagram: o @duvidasnocabide e o @gabirrossi09.

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (0)

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido