Manifestações começaram por causa de um projeto de lei
Desde 28 de abril, colombianos estão indo às ruas para protestar. As manifestações começaram contra um projeto de lei que definiria mudanças em impostos no país — aumentando impostos, por exemplo, sobre produtos básicos, como açúcar e sal. Apesar de o projeto ter sido cancelado e de o ministro da Fazenda (responsável pela economia), Alberto Carrasquilla, ter se demitido, as manifestações seguiram. Agora, pedindo o combate à pobreza, à violência policial e às desigualdades na saúde e na educação.
As reinvindicações também incluem mudanças na forma como o governo está enfrentando a pandemia. Alguns dos pedidos são reabertura do comércio e ajuda aos trabalhadores afetados pela crise.
Confrontos entre policiais e manifestantes
Até o fechamento desta edição, a organização não governamental Human Rights Watch (focada em direitos humanos) havia confirmado que 11 pessoas morreram nos protestos, entre 31 mortes relatadas à entidade. Segundo o jornal colombiano El Tiempo, a procuradoria-geral do país teria informações sobre 24 mortes. Estima-se que centenas tenham ficado feridas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou, em 4 de maio, que condena o “uso excessivo de força” da polícia nesses episódios. Em comunicado, a porta-voz do Alto Comissariado da ONU Para os Direitos Humanos, Marta Hurtado, afirmou que vai verificar os números exatos das vítimas do protesto de 3 de maio na cidade de Cali, considerado um dos mais violentos até agora.
A covid-19 na Colômbia
Total de casos: 2.985.536*
Total de mortes: 77.359*
Pessoas vacinadas: 6.100.000**
Fontes: *Organização Mundial da Saúde, em 10 de maio; **Our World in Data, em 10 de maio.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 170 do jornal Joca
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