Biólogos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) estão investigando as causas da morte de botos-cinza na capital fluminense.

Nos últimos 20 dias, 86 animais apareceram sem vida e 148 botos morreram desde novembro do ano passado. A suspeita é de que um vírus tenha contaminado os bichos.

Instituto Boto Cinza

O problema foi constatado nas baías da Ilha Grande e de Sepetiba e o número de mortes equivale a 10% da população local da espécie. O Rio de Janeiro é a maior área de preservação do boto-cinza no mundo.

Os primeiros casos ocorreram nos últimos meses de 2017 na Baía da Ilha Grande, onde em menos de 30 dias, 60 botos foram encontrados mortos. A média de mortes da espécie na região em anos anteriores é de um animal.

As carcaças do botos-cinza estão sendo levadas para o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Uerj, onde foi realizada análise dos corpos.

Embora ainda desconheçam a e estejam analisando a causa das mortes, os biólogos encontraram a presença de um vírus que está relacionado ao óbito de animais desse tipo em vários lugares do mundo.

Apesar das mortes recentes, os biólogos da região afirmaram que os botos têm apresentado lesões na pele há pelo menos dez anos. Além disso, os animais estão perdendo peso.

Uma das causas das marcas na pele dos animais pode ser o aumento no número de portos registrados na região.

Esses locais provocam fortes ruídos sonoros e impedem que os botos fujam de seus predadores. Os portos também deixam vestígios de produtos químicos, o que reduz a imunidade dos botos.

O boto-cinza é um dos menores golfinhos da família dos Delphinidae e vive entre 30 e 35 anos. O animal está listado como espécie ameaçada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

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