Embora a clonagem de mamíferos não seja novidade, esta é a primeira vez que foi realizada a clonagem de primatas. “A clonagem de humanos está mais perto de se tornar realidade”, disse um dos cientistas.
Os chineses anunciaram essa semana o nascimento dos primeiros macacos clonados usando a mesma técnica usada na criação da ovelha Dolly, em 1996.
Embora a clonagem de mamíferos não seja novidade, essa é a primeira vez que fora realizada a clonagem de primatas, mesma espécie dos humanos.
Os macacos clonados são duas fêmeas da espécie cinomolgo. Zhong Zhong e Hua Hua, como foram apelidadas, estão com oito e seis semanas de vida, respectivamente. Elas foram gestadas por mães de aluguel diferentes e, por isso, não nasceram juntas.
Durante anos, cientistas tentaram produzir clones primatas sem sucesso. O primeiro macaco clonado foi Tetra, em 1999, mas para criá-lo foi usada uma técnica diferente, de divisão de embrião, com o intuito de gerar gêmeos.
Em 2007, cientistas dos Estados Unidos também tentaram clonar embriões de macacos, mas sem sucesso. No caso dos chineses, a técnica usada foi a da transferência nuclear, que permite o desenvolvimento de clones idênticos a partir da célula de um único animal.
“A clonagem de humanos está mais perto de se tornar realidade”, disse Um-ming Poo, um dos cientistas responsáveis do Instituto de Neurociências da Academia Nacional de Ciências da China, onde foi realizada a experiência.
De qualquer maneira, Poo deixou claro que a pesquisa não deve ser estendida a humanos, “pois a sociedade não permitiria”. A ideia é criar macacos geneticamente idênticos para a investigação de doenças.
Quando tudo começou
A ovelha Dolly foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula adulta. O animal nasceu no dia 5 de julho de 1996 e morreu em fevereiro de 2003.
A experiência com Dolly foi possível a partir de células da glândula mamária de uma ovelha adulta. Embora tenha sido feita em laboratório, a ovelha teve uma vida normal, inclusive com a gestação de filhotes.
Em 2002, Dolly apresentou um tipo de doença pulmonar progressiva, interpretado pela ciência como sinal de envelhecimento. O envelhecimento precoce já havia sido apontado como a provável causa da morte do animal.
Para evitar que o animal sofresse, Dolly foi abatida em 2003, pois sua doença não teria cura.
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