Desde 21 de novembro, centenas de cidadãos da Guatemala estão saindo às ruas aos fins de semana para protestar contra o governo. Eles pedem que o presidente, Alejandro Giammattei, dois de seus aliados políticos e todos os deputados do Congresso (em que as leis são votadas) deixem o cargo. Os guatemaltecos reclamam da corrupção dos governantes, do pouco dinheiro investido para combater a covid-19 e do orçamento aprovado pelo governo para 2021. Um orçamento prevê quanto dinheiro será gasto em cada área (como educação e saúde). Para o do próximo ano, estava determinado que a maior parte da verba do governo não iria para saúde, educação e combate à pobreza e desnutrição infantil. Isso provocou revolta em parte da população.

#pracegover: população em rua da Guatemala segurando bandeiras do país e cartazes pedindo o fim da corrupção. As pessoas usam máscara. Foto: Josue Decavele/Getty Images

Hoje, mais de 59% dos cidadãos da Guatemala vivem na pobreza e quase metade das crianças com menos de 5 anos é desnutrida, ou seja, não ingere a quantidade adequada de nutrientes. Além disso, em 2020, o país foi muito afetado pela pandemia e por um furacão que, no início de novembro, provocou deslizamentos de terra, enchentes e 65 mortes.

No dia 23, o Congresso suspendeu a aprovação do orçamento. Mas os cidadãos continuam saindo às ruas para pedir que o presidente e outros políticos deixem o governo.

Os protestos
A maioria dos manifestantes se comporta de forma pacífica. Porém, grupos pequenos já agiram com violência. Em um protesto na Cidade da Guatemala, em 21 de novembro, indivíduos chegaram a colocar fogo em uma parte do Congresso. O presidente Giammattei disse que apenas atos pacíficos serão aceitos.

A violência da polícia também está sendo criticada. No protesto na Cidade da Guatemala, ao menos 17 pessoas ficaram feridas em consequência de ações policiais. Segundo a Procuradoria de Direitos Humanos do país, os agentes também teriam prendido 23 pessoas que não teriam cometido crimes.

#pracegover: bandeiras da Guatemala são erguidas pela população durante manifestação. Foto: Josue Decavele/Getty Images

Fontes: El País, elPeriódico, Estadão, Exame, G1 e Humans Right Watch.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 162 do jornal Joca.

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