O gigante asiático anunciou que cidadãos com uma “pontuação baixa” não poderão mais viajar de trem ou avião. A medida passa a valer a partir de 1º de maio e faz parte de um novo sistema para avaliar o comportamento dos chineses.

O sistema se chama “Crédito Social” e começa a ser implantado no país. Funciona assim: ele registra tudo o que o cidadão faz e o avalia, com notas boas ou ruins. A avaliação inclui desde saber se a pessoa é boa pagadora até analisar se seus amigos e familiares são bem pontuados. Estima-se que entre 6 e 7 milhões de chineses já tenham sido marcados nesse sistema de pontuação social.

Pessoas com baixas classificações terão, por exemplo, internet mais lenta, acesso restrito a restaurantes e poderão até pagar aluguel mais caro. Além disso, não poderão ser contratadas para certos empregos, como jornalista e advogado. Até os seus filhos sofrerão as consequências, sendo impedidos de estudar em escolas de elite.

Segundo o governo chinês, o objetivo é medir o nível de confiabilidade dos chineses e ter uma sociedade mais transparente. A ideia é de que, até 2020, o sistema esteja implantado.

Um dos problemas do ranking social é que os critérios não são muitos claros. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China declarou apenas que a restrição poderá ser desencadeada por uma “ampla gama de infrações” e que tudo é controlado por meio de um “algoritmo complexo”.

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