O parlamento chinês aprovou, em 28 de maio, uma resolução que permite seguir com uma legislação de segurança nacional para Hong Kong. Isso quer dizer que o país poderá estabelecer algumas leis para esse território. A medida foi uma resposta aos protestos ocorridos em Hong Kong em 2019 (abaixo, entenda a relação entre a China e Hong Kong e relembre as manifestações).

Três dias após a decisão, manifestantes foram às ruas de Hong Kong. Para eles, a lei é uma forma de tornar o território dependente da China, assim como qualquer outra cidade chinesa. Já o governo chinês afirma que o projeto é necessário para, entre uma série de motivos, garantir que outros países não interfiram na região.

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Protestos em Hong Kong no fim de maio contra a legislação de segurança nacional | #pracegover: manifestantes nas ruas usam máscaras e andam com guarda-chuvas. Foto: Billy H.C. Kwok/Getty Images

Qual é a relação entre China e Hong Kong?
Hong Kong possui certa autonomia em relação à China. Em 1997, quando os britânicos (que controlavam o território) devolveram a região para a China, ficou determinado que a área teria um sistema de leis próprio (independente do chinês) até 2047 — ou seja, os habitantes de Hong Kong não precisariam seguir as mesmas regras que os chineses.

As manifestações de 2019

1 – Desde junho do ano passado, cidadãos de Hong Kong organizaram protestos contra um projeto de lei que propunha que suspeitos de terem cometido crimes deveriam ser transferidos para a China e julgados por autoridades de lá. Os manifestantes afirmavam que a medida desrespeitava a autonomia de Hong Kong, já que os suspeitos seriam julgados pelas leis chinesas e não pelas leis da ilha.

2 – Por outro lado, a chefe executiva de Hong Kong, Carrie Lam, defendia que a lei era necessária para que o território não se tornasse um “paraíso” para criminosos, ou seja, um lugar onde eles não seriam punidos.

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#pracegover: Carrie Lam veste casaco bege e blusa azul com detalhes brancos. Ela usa óculos de grau e está falando ao microfone. Foto: divulgação

3 – Os protestos continuaram mesmo depois de Lam cancelar o projeto de lei, em 4 de setembro de 2019. As manifestações aumentaram o debate sobre o papel da China em Hong Kong e os participantes passaram a ter novas exigências, como a saída da líder do governo e a liberação de mais de mil manifestantes presos. O movimento acabou paralisado por causa da pandemia do novo coronavírus.

Fontes: Agência Brasil, Gazeta do Povo e Veja São Paulo.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 151 do jornal Joca.

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