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Em Hong Kong, no dia 1º de março, homem segura amostras com kits de teste rápido para o novo coronavírus do lado de fora de uma loja. / #pracegover: foto de homem segurando placa de papelão, com caixas de testes rápidos coladas, com informações de preços. Ele usa máscara e óculos. Crédito de imagem: NTHONY KWAN_GETTY IMAGES

As infecções pelo novo coronavírus aumentaram 28,9% na região do Pacífico Ocidental, que inclui a China, 12,3% na África e quase 2% na Europa na semana do dia 6 de março em relação à semana anterior. As informações foram divulgadas em 16 de março, pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), entidade integrante da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A China vive o pior surto da doença desde que a pandemia começou. Foram registrados 29 mil casos nas primeiras três semanas de março. Para conter a alta, quase 30 milhões de pessoas foram colocadas em confinamento. Hong Kong, Coreia do Sul e Austrália também tiveram recorde de casos. Já no continente europeu, Alemanha, Áustria, Grécia, Holanda, Itália, Reino Unido e Suíça são alguns dos países que registraram alta.

Segundo a Opas, a situ- ação é um alerta para as Américas de que o vírus não está sob controle, apesar de a transmissão na região ter diminuído. Os casos no continente americano caíram 19% na semana do dia 6 de março em relação ao período anterior, de acordo com a organização. Já as mortes baixaram 18,4%.

“As infecções e mortes por covid-19 estão diminuindo na maior parte de nossa região, mas ainda há muitos casos e mortes sendo notificados todos os dias — uma indicação clara de que a transmissão ainda não está sob controle”, declarou Jarbas Barbosa, subdiretor da Opas. Por isso, a entidade pediu que a América amplie as taxas de vacinação.

Risco para o Brasil
Para o infectologista Carlos Magno Fortaleza, professor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu (SP), o aumento de casos se deve principalmente à flexibilização das medidas de controle. “A abertura foi muito intensa em alguns países asiáticos. E, à medida que se flexibiliza, o número de casos aumenta. Fenômeno igual, mas em menor escala, tem acontecido na Europa”, diz.

O especialista observa que a alta pode se repetir no Brasil. “Pesa favoravelmente ao nosso país o fato de que o movimento antivacina [de pessoas contrárias à vacinação] não é tão expressivo aqui e, assim, atingimos coberturas vacinais melhores do que a maior parte dos países europeus e asiáticos. Mas o Brasil não é um uma bolha isolada do mundo”, afirma. Segundo ele, o uso de máscara deveria continuar sendo exigido no país, especialmente em ambientes fechados.

Correspondente internacional
“No último mês, tem tido um aumento muito rápido de casos aqui na China, um país que teve bem poucos casos por conta de várias políticas do governo. Na escola, temos que fazer um teste por semana, ficar de máscara o tempo todo e manter o distanciamento social. Na semana passada, instalaram barreiras de plástico em todas as mesas para separar os alunos. Se você encontrou alguém que pegou o vírus ou se alguém perto da sua casa ou da sua escola se contaminou, todo mundo tem que fazer quarentena por duas semanas. A China também tem usado a tática de fechar bairros e cidades que tiveram só alguns casos. Para ser bem sincero, essas medidas são muito incômodas.” Gabriel Lico Bickham, 18 anos, de Pequim, capital da China.

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#pracegover: Gabriel está em uma área aberta, com montanhas ao fundo. Ele usa casaco de frio bege e gorro verde. Foto: arquivo pessoal

Fontes: G1, Opas e UOL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 184 do jornal Joca.

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