Leitores respondem a pergunta do Victor, de 10 anos: “Minha mãe fica o tempo todo reclamando que eu não saio do videogame, mas eu digo para ela que não tenho vontade de fazer outras coisas. Podem me ajudar?”
“Minha mãe fica o tempo todo reclamando que eu não saio do videogame, mas eu digo para ela que não tenho vontade de fazer outras coisas. Podem me ajudar?” Victor T., 10 anos
Respostas de alunos da Escola Parque – Unidade Gávea (RJ)
Acho que você gosta de brincar. Que tal fazer outro tipo de brincadeira, como um jogo de tabuleiro, uma construção de Lego ou praticar esportes? Tente ter vontade de fazer outra coisa ou pelo menos faça um esforço pela sua mãe. Tom P., 10 anos
Eu também gosto de jogar no celular ou computador, mas tenho uma hora para fazer isso. Minha sugestão é você só jogar de manhã ou à noite, por exemplo. Aí, à tarde, você pode aproveitar para fazer outra coisa que ache legal. Aura A., 10 anos
Em casa não temos campo para jogar bola ou praia para surfar, mas temos papel e lápis para desenhar ou escrever uma história. Além disso, podemos cozinhar, jogar jogos de tabuleiro com os pais, ler um livro, pintar camisetas e aprender novas coisas. Luiza R., 11 anos
Já que você gosta de videogame, pode fazer pesquisas sobre isso: quem criou o game, origem dos personagens, entre outras. Você também pode criar um jogo de tabuleiro inspirado no game. Nina B. L. e S., 10 anos
Eu também não saía do videogame e minha mãe reclamava. Pensei no motivo e entendi que gostava porque era um game de skate. Então, tive a ideia de andar de skate, coisa que eu já sabia fazer. Felipe Alexandre, 11 anos
A especialista
Oi, Victor, jogar videogame é uma atividade prazerosa mesmo, mas ela pode se tornar meio viciante. Quando só ele dá prazer, é importante ficar atento, porque passou do ponto. Qualquer atividade que passa a ser a única fonte de satisfação será um problema. Para mudar isso, você terá que se esforçar para fazer outras coisas e, aos poucos, resgatar o prazer com outras atividades. É muito importante diversificar: games, atividades físicas, leituras, convívio social, brincadeiras e momentos de não fazer nada. Nosso cérebro, às vezes, precisa de uma ajuda para entender que nem sempre o que ele mais pede é o melhor para nós.
Natércia M. Tiba Machado – psicóloga clínica, psicoterapeuta de casal e família. Tel.: (11) 99938-0207
A próxima pergunta…
Quero criar uma banda com todas as minhas melhores amigas, mas já faço parte de um grupo e não quero sair dele. Ao mesmo tempo, quero muito, muito, muito mesmo ter minha própria banda. O que eu faço? Maria Clara T., 8 anos
Texto originalmente publicada na edição 158 do jornal Joca.
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