A novidade usa óleo presente na planta chamada de erva baleeira
Por Felipe Sali
Um grupo de pesquisadoras da Universidade Positivo, no Paraná, desenvolveu uma pomada capaz de curar feridas de diabéticos (pessoas que sofrem de diabetes, doença que afeta como o açúcar é processado no sangue). A novidade foi divulgada em 10 de fevereiro.
A ideia surgiu quando a pesquisadora Jéssica Martim lembrou que seu avô diabético fazia um chá com erva baleeira (planta cujo nome científico é Cordia verbenacea) para ajudar na cicatrização de feridas. Foi assim que ela e as colegas Leila Maranho e Thais Casagrande decidiram estudar a erva em laboratório e desenvolver uma pomada a partir de um óleo presente na planta.
Trata-se da primeira pomada do tipo usando as propriedades da erva baleeira como base. “Um dos diferenciais é a eficácia da pomada”, disse Thais Casagrande em entrevista ao Joca. “Principalmente na regeneração do tecido, vascularização [formação ou desenvolvimento de vasos sanguíneos] e limpeza da ferida”, completou. Desde o começo do projeto até o fim dos testes, foram 18 meses de trabalho. Agora, o desafio é colocar o produto nas farmácias. “Primeiro, a pomada deve passar por clí- nicas de pesquisa que vão fazer outros testes. Só depois de aprovada é que poderemos fazer o pedido de comercialização para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, disse Thais.
Por que diabéticos precisam desse tipo de pomada?
Quando nos machucamos, o sistema imunológico (conjunto de células do corpo responsável por nos proteger) age para cicatrizar a ferida.
Quem tem diabetes fica com o sistema imunológico fraco. Isso significa que qualquer machucado, por menor que seja, pode se tornar algo perigoso. A pomada funciona como uma ajudante do sistema imunológico, trabalhando contra as feridas.
Fontes: CNN, Época, R7 e Revista Galileu.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 144 do jornal Joca.
Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.