A Paralimpíada de Tóquio se encerrou no dia 5 de setembro com um resultado muito positivo para o Brasil: o país finalizou a competição na sétima posição no quadro geral de medalhas, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes. Isso fez com que a delegação brasileira igualasse o melhor resultado já obtido em uma edição do evento — até então, a melhor marca nacional tinha sido nos Jogos de Londres, de 2012, também na sétima colocação.

O número de medalhas douradas conquistadas em Tóquio é o maior já obtido pelo Brasil em uma edição de Paralimpíada. Assim, com os 22 ouros, o país superou a antiga melhor marca, da Londres de 2012, quando subiu ao lugar mais alto do pódio 21 vezes.

100 medalhas de ouro
Outro fato marcante para o Brasil na Tóquio 2020 foi a conquista do 100º ouro ao longo de todas as edições das paralimpíadas. O responsável por chegar pela centésima vez ao lugar mais alto do pódio foi Yeltsin Jacques, do atletismo, que venceu a corrida dos 1.500 metros da classe T11, para competidores com deficiência visual, que devem correr ao lado de um atleta-guia, que o auxilia na disputa. O brasileiro também bateu o recorde mundial da modalidade: fez a prova em 3 minutos, 57 segundos e 60 centésimos.

Veja outros feitos do Brasil na paralimpíada de Tóquio

Resultado histórico na natação
O país nunca tinha ido tão bem na modalidade: foram oito ouros, cinco pratas e dez bronzes. Entre os nadadores que mais se destacaram estão Carol Santiago (três ouros, uma prata e um bronze), Gabriel Bandeira (um ouro, duas pratas e um bronze), Gabriel Araújo (dois ouros e uma prata), Wendell Belarmino (um ouro, uma prata e um bronze) e Talisson Glock (um ouro e dois bronzes).

#pracegover: Carol Santiago, da natação, diante da piscina com suas medalhas no pescoço (três ouros, uma prata e um bronze). Ela usa uniforme verde e amarelo. Crédito de imagem: ededoesporte.gov.br

O atletismo das medalhas
O atletismo foi a modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas. Foram 28: oito de ouro, nove de prata e onze de bronze. Entre os atletas que conseguiram resultados inéditos estão Beth Gomes, Claudiney Batista e Alessandro da Silva, do lançamento de disco, e o velocista Petrúcio Ferreira.

Favorita ao título, Beth garantiu o ouro na primeira tentativa — os atletas podem arremessar quatro vezes —, mas foi além nos três lançamentos seguintes, quebrando o recorde mundial em cada uma das vezes.

Já Claudiney, que já havia conquistado o ouro na Paralimpíada de 2016, tornou-se bicampeão paralímpico e superou o recorde da competição na categoria.

Alessandro também chegou ao bicampeonato, além de quebrar o recorde paralímpico, que pertencia a ele mesmo.

Enquanto isso, Petrúcio conseguiu manter o título de atleta paralímpico mais rápido do mundo e conquistou a quarta medalha paralímpica, com o ouro nos 100 metros rasos. Ele também superou o recorde paralímpico da prova, estabelecido por ele mesmo na Rio 2016.

Pentacampeão do futebol de cinco
A seleção brasileira de futebol de cinco terminou os Jogos Paralímpicos como nas outras edições: levando o ouro para casa ao vencer a Argentina por 1 a 0. Agora, o país, que nunca perdeu uma partida paralímpica nessa modalidade, acumula o quinto título consecutivo. O futebol de cinco é adaptado para deficientes visuais, e os goleiros são os únicos que têm visão total.

Primeiro ouro no goalball
Campeões mundiais em 2014 e 2018, os brasileiros de goalball conquistaram o primeiro ouro paralímpico nesta edição. Eles tinham sido prata em 2012 e bronze em 2016. O ouro inédito veio após a final contra a China, que terminou em 7 a 2. A modalidade, desenvolvida para jogadores com deficiência visual, é disputada em uma quadra com dois gols. O objetivo é arremessar a bola para balançar a rede do time adversário. Para pontuar, os gols precisam ser rasteiros, perto da altura do chão.

Fontes: Agência Brasil, Comitê Paralímpico Brasileiro, Correio Braziliense, El País, Globo Esporte, Lance e UOL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 176 do jornal Joca.

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Comentários (2)

  • Lucas F. S. M.

    2 anos atrás

    me ajudou na lição!

  • Mariana Pinheiro Sperling

    2 anos atrás

    legal gosto de paralimpiadas

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