Herbert Conceição, ouro no boxe em Tóquio. Foto: Buda Mendes/Getty Images

O Brasil teve, na Olimpíada de Tóquio, o melhor desempenho de todas as edições de que já participou. Além de ter ficado em 12º lugar, uma posição acima da conquistada na Rio 2016 (a melhor até então), o país acumulou a mesma quantidade de medalhas de ouro (sete) e prata (seis) que na última edição e conseguiu dois bronzes a mais, totalizando oito medalhas de terceiro lugar.

O Brasil também obteve outros marcos inéditos nos jogos. Confira os principais destaques brasileiros na Olimpíada de Tóquio desde o fechamento da última edição do Joca, em 26 de julho.

Boxe | Ouro com Hebert Conceição

Herbert Conceição, ouro no boxe em Tóquio. Foto: Buda Mendes/Getty Images

O atleta derrotou Oleksandr Khyzniak, da Ucrânia, na categoria até 75 kg. Essa foi a sétima – e última – medalha de ouro do Brasil. Hebert perdeu os dois primeiros rounds para o adversário, mas o nocauteou no terceiro. No boxe, um nocaute acontece quando um lutador golpeia o oponente e este vai ao solo; nesse momento, inicia-se uma contagem de 10 segundos – se não houver reação do atleta golpeado nesse período, a luta termina.

Surfe | Ouro com Italo Ferreira

Italo conquistou a primeira medalha de ouro da história do surfe em Jogos Olímpicos. Foto: divulgação

Na primeira vez que o surfe esteve em uma edição olímpica, o brasileiro Italo Ferreira foi para o topo do pódio. Na final, em 27 de julho, ele somou 15,40 pontos, o suficiente para derrotar o japonês Kanoa Igarashi, que ficou com 6,60. Italo foi o responsável por conquistar a primeira medalha de ouro para o Brasil na Tóquio 2020.

Maratona aquática| Ouro com Ana Marcela

Ana Marcela se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica na natação. Foto: Júlio César Guimarães/COB

Ela chegou em primeiro lugar na maratona aquática de 10 km e conquistou a primeira medalha olímpica para o Brasil na modalidade. A atleta fez a prova em 59 minutos, 30 segundos e 8 milésimos, derrotando a holandesa Sharon van Rouwendaal, que ficou com a prata, e a australiana Kareena Lee, medalha de bronze. Na maratona aquática, os atletas disputam uma corrida em alto-mar. Aquele que cruzar primeiro a linha de chegada é o vencedor.

Vela classe 49er FX | Ouro com Martine e Kahena

A dupla brasileira Martine Grael and Kahena Kunze. Foto: Phil Walter/Getty Images

As atletas Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram, em 3 de agosto, o segundo ouro olímpico consecutivo na classe 49er FX (embarcação usada para competições). A dupla já tinha subido ao lugar mais alto do pódio na Rio 2016. Terminada a última fase da competição, elas tinham perdido 76 pontos (na vela, quanto menor for a pontuação, melhor). Esse resultado as colocou à frente de duas duplas holandesas – Tina Lutz e Sussan Beucke (83 pontos, medalha de prata) e Annemiek Bekkering e Anette Duetz (88 pontos, bronze).

Ginástica artística | Ouro e prata com Rebeca Andrade

Rebeca Andrade conquistou o primeiro ouro em Jogos Olímpicos da ginástica artística feminina do Brasil. Foto: divulgação

Aos 22 anos, ela se tornou a primeira ginasta brasileira a subir no pódio olímpico. Foram duas medalhas: prata no individual geral, em 29 de julho, e ouro no salto, em 1º de agosto. Na prova, os atletas precisam realizar dois saltos, cada um com um movimento diferente. No primeiro, a brasileira recebeu 15,166 pontos e, no segundo, 15,000. Rebeca foi a única a ter média acima de 15,000 no aparelho: 15,083.

Canoagem individual | Ouro com Isaquias Queiroz

Isaquias Queiroz mostra a medalha de ouro conquistada em Tóquio. Foto: Phil Walter/Getty Images

Ele venceu a final da C1 1.000 metros, categoria da canoagem de velocidade em que apenas um atleta rema no barco. Na disputa, em 6 de agosto, o brasileiro terminou a prova em 4 minutos, 4 segundos e 408 milésimos. Foi a quarta medalha de Isaquias em Jogos Olímpicos – na Rio 2016, ele conquistou uma prata e dois bronzes.

Futebol masculino | Ouro

Richarlison, do Brasil, foi o artilheiro da competição. Foto: Pablo Morano/BSR Agency/Getty Images

A seleção derrotou a Espanha por 2 a 1, em 7 de agosto, e se tornou bicampeã olímpica – na Rio 2016, o país também levou o ouro. Na final, o Brasil empatou por 1 a 1 no tempo de jogo. Na prorrogação, marcou mais um gol e garantiu a vitória. Além do ouro, o atacante Richarlison se destacou como artilheiro da competição, com cinco gols.

Outras pratas e bronzes do brasil

Prata

Kevin Hoefler (street skate)

Rayssa Leal (street skate)

Pedro Barros (street park)

Beatriz Ferreira (boxe)

Vôlei feminino

Bronze

Daniel Cargnin (judô)

Fernando Scheffer (natação)

Mayra Aguiar (judô)

Laura Pigossi e Luisa Stefani

(tênis em dupla)

Bruno Fratus (natação)

Alison dos Santos (atletismo)

Abner Teixeira (boxe)

Thiago Braz (salto com vara)

Pela primeira vez em mais de cem anos, atletas decidem dividir o ouro no atletismo

Gianmarco Tamberi e Mutaz Essa Barshim exibem suas medalhas de ouro. Foto: Patrick Smith/Getty Images

Os competidores Mutaz Essa Barshim, do Catar, e Gianmarco Tamberi, da Itália, decidiram dividir a medalha de ouro do salto em altura após um empate entre eles. Os atletas poderiam continuar competindo até um deles superar o adversário, mas, após mais de duas horas de prova, Barshim perguntou ao juiz se eles poderiam ter dois ouros – e a resposta foi sim. 

A última vez que dois competidores do atletismo dividiram o título de campeão olímpico foi em 1912, na Olimpíada de Estocolmo, na Suécia. Na ocasião, o norte-americano Jim Thorpe e o norueguês Ferdinand Bie receberam o ouro na prova do pentatlo (competição composta por cinco modalidades: corrida, arremesso de disco, salto, lançamento de dardo e luta). 

Em defesa aos oprimidos, atleta cruza os braços em formato de X no pódio

Gesto de Raven Saunders em homenagem aos oprimidos. Foto: Ryan Pierse/Getty Images

A norte-americana Raven Saunders, que ficou em segundo lugar no arremesso de peso feminino, ergueu os braços e cruzou os punhos ao subir no pódio. O gesto é uma homenagem àqueles que passam por dificuldades dentro e fora dos esportes (como negros, pessoas que enfrentam desafios relacionados à saúde mental e membros da comunidade LGBTQIA+, como lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

O Comitê Olímpico Internacional (COI) tinha aberto uma investigação contra ela, já que a entidade proíbe protestos nos pódios, mas a apuração foi suspensa após uma análise de imagens. 

Fontes: Agência Brasil, Agência Brasil, BBC, Correio do Brasil, Globo Esporte, G1, G1, jornal Joca, UOL e UOL.

*Esta matéria é uma versão estendida da publicada na edição 174 do Joca.

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (3)

  • Maria tereza

    2 anos atrás

    Adorei a notícia!!

  • Chiara Isaac Pires Machado

    2 anos atrás

    olimpiadas dimais

  • PEDRINHO LEMOS

    2 anos atrás

    mto bom adoro noticias das oliampiadas !

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido