No dia 2 de março, o Brasil fez história ao faturar seu primeiro Oscar. O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, recebeu a estatueta na categoria Melhor Filme Internacional. O Oscar é concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas desde 1929 — considerado o mais prestigioso da área.

Ainda Estou Aqui é baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva e conta a história real de Eunice Paiva, mãe do escritor, que teve o marido morto durante a ditadura militar brasileira e teve que cuidar dos filhos sozinha. No longa, Eunice é interpretada por Fernanda Torres durante a maior parte do tempo, exceto pelos últimos minutos, em que Fernanda Montenegro, mãe de Torres, assume o papel principal.

No discurso de agradecimento, Salles homenageou Eunice Paiva, além das duas atrizes que deram vida a ela na telona. Em entrevista coletiva depois da cerimônia, o diretor explicou que precisou improvisar o discurso, porque não encontrou o papel em que tinha escrito tudo que planejava dizer.

O jornal norte-americano The New York Times publicou uma reportagem contando como as indicações do filme causaram comoção aqui no Brasil. “Torres já era muito famosa no Brasil, mas agora ela se tornou a estrela nacional do momento, por alcançar algo que há muito tempo não era atingido pela maioria de seus pares e antecessores aqui: reconhecimento internacional”, escreve a publicação.

O filme também concorreu nas categorias Melhor Atriz, para Torres, e Melhor Filme.

Flow

Na mesma noite, outro país também comemorou o primeiro Oscar. Flow ganhou como melhor animação e se tornou motivo de orgulho nacional na Letônia, país europeu com menos de 2 milhões de habitantes.

O filme, que narra a história de um gatinho que sobrevive a uma enchente e precisa reencontrar os amigos, desbancou até mesmo Divertida Mente 2, animação da Disney com uma das maiores bilheterias da história. Uma estátua com o personagem principal de Flow foi colocada em cima do letreiro da capital do país, Riga. Todos os animadores que trabalharam no longa-metragem também receberam um prêmio em dinheiro do governo. 

A equipe de Flow teve cinco pessoas, incluindo o diretor, Gints Zilbalodis, que usou apenas um software gratuito chamado Blender. 

Fontes: UOL, Jovem Nerd, G1 e CNN. 

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