Pesquisadores estudam como cultivar alimentos em ambientes extremos
CIENTISTAS BRASILEIROS estão estudando como plantar grão-de-bico e batata-doce no espaço. Em 14 de maio, pesquisadoras da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estiveram no Pint of Science — evento científico realizado em mais de 500 cidades, de 25 países — para falar sobre agricultura espacial. A conversa aconteceu na edição de São Carlos (SP).
Em setembro de 2023, a Embrapa firmou parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) para dar andamento aos estudos de cultivo vegetal fora do planeta Terra. O intuito é contribuir com a missão Artemis, da agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa.
Até o momento, foi organizada uma rede com mais de 30 cientistas, de 12 instituições. Eles estudam como produzir e adaptar plantações de batata-doce e grão-de-bico, por exemplo, em condições extremas, uma vez que essas espécies são consideradas base alimentar para humanos que, eventualmente, estariam no espaço.
“Acredita-se que, além do avanço das pesquisas a serem usadas no cultivo no espaço, muitos resultados em benefício à sociedade poderão ser obtidos, como novas cultivares [variedades de plantas de espécies distintas para produção agrícola] e tecnologias para auxiliar na superação de desafios como as mudanças climáticas, ou novas formas de sistemas de produção, como as fazendas verticais”, explica Alessandra Fávero, pesquisadora da Embrapa responsável pela parceria com a AEB, no site da empresa.
Artemis
O programa Artemis, da Nasa, pretende levar o ser humano novamente ao solo lunar. Ele foi dividido em três etapas: a Artemis I, concluída em 2022, coletou dados espaciais após dar diversas voltas na Lua em um voo não tripulado; a Artemis II, prevista para 2025, levará astronautas para uma jornada ao redor da Lua; e a Artemis III, com previsão para 2026, pousará na Lua com uma equipe de astronautas. Em 2020, a Nasa estabeleceu os Acordos Artemis, parceria entre diversos países para desenvolver pesquisas para o programa. O Brasil foi a 12ª nação a assinar o documento.
FONTES: EMBRAPA, AEB, NASA, PINT OF SCIENCE E CNN.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 224 do jornal Joca.
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