O consumo de energia elétrica no Brasil alcançou novos recordes no dia 14 de novembro. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foi atingido o patamar de 101.475 megawatts (MW) de carga consumida pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), que conecta as diferentes redes de energia do país. Essa foi a primeira vez que a carga do sistema superou 100 MW.

O número mostra um aumento de 16,8% na demanda registrada ainda no início de novembro, que foi de 86.800 MW. A razão pelo aumento excessivo se dá pela onda de calor que atingiu diferentes estados brasileiros, com as temperaturas chegando aos 40 graus Celsius (40°C). Com o forte calor, a população tende a usar mais energia elétrica com aparelhos como ventilador, ar-condicionado, chuveiro etc. 

No dia 16 de novembro, capitais brasileiras registraram temperaturas recordes: Rio de Janeiro (RJ), 40,6°C; Cuiabá (MT), 40,4°C; Goiânia (GO), 39,7°C; e Boa Vista (RR), 39,6°C. A onda de calor se deve principalmente aos efeitos do El Niño, fenômeno natural que ocorre no Oceano Pacífico e afeta a temperatura e os padrões de chuva em todas as regiões do mundo. Em decorrência do aquecimento das águas, a temperatura global também se eleva em até 0,2°C. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o El Ninõ deve durar até abril de 2024. Além disso, o efeito estufa e as consequências do aquecimento global influenciam na elevação nas temperaturas. 

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, as altas temperaturas devem ser uma constante até o fim do ano, pelo menos. A onda de calor que teve início na semana de 13 de novembro chega ao fim no dia 18. 

Glossário: 

Watts: unidade de medida de energia elétrica. Por exemplo, uma lâmpada de 100 watts de potência mantida acesa por dez horas consumirá 1.000 watts-hora (1 kWh).  Quanto maior a quantidade de watts de um equipamento, maior sua potência. Um megawatt (MW) equivale a um milhão de watts. 

Efeito estufa:  fenômeno que mantém o planeta aquecido, mas que é intensificado por gases poluentes, como dióxido de carbono. Ao serem liberados (por transportes ou indústrias, por exemplo), esses gases sobem para a atmosfera terrestre e ficam “presos” ali, acumulando-se em uma espécie de camada. Essa camada impede o calor de sair da Terra e, ao ser intensificada pela ação humana, leva ao aquecimento global, responsável, por exemplo, pelo derretimento de geleiras, que faz com que o nível dos mares aumente.

Fontes: ONS, CNN, O Globo, O Globo e Exame.

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