Presidente Luis Arce pediu à população que fosse às ruas em defesa da democracia. Crédito de imagem: Gaston Brito Miserocchi/Getty Images/reprodução

Em 26 de junho, a Bolívia sofreu uma suposta tentativa de golpe de Estado por parte de militares do exército. O ex-general Juan José Zúñiga, que havia sido deposto do cargo no dia anterior, é apontado como o principal mobilizador da investida, formada por tropas e tanques de guerra desfilando nas ruas e até a invasão da sede governamental, na Praça Murillo, na cidade de La Paz. O presidente Luis Arce, assim como ministros e outras figuras políticas, denunciou a ação e pediu ao povo boliviano que fosse às ruas em defesa da democracia.

Democracia: forma de governo em que a decisão da maioria determina, por meio das eleições, quais candidatos serão os governantes do país. Também é caracterizada pela distribuição equilibrada do poder — ou seja, ele não fica concentrado em uma única autoridade ou órgão. 

Golpe de Estado: acontece quando indivíduos tomam o poder de um Estado (como o de um país) de maneira ilegal.

Em 24 de junho, Zúñiga declarou em uma rede de televisão local que o ex-presidente boliviano Evo Morales não deveria voltar ao cargo nas próximas eleições, afirmando que não permitiria seu retorno. Morales renunciou à presidência, em 2019, e, em dezembro de 2024, foi impedido pelo Tribunal Constitucional de disputar as eleições de 2025. As declarações e ameaças de Zúñiga fizeram com que Arce, no dia 25, se reunisse com o militar e o destituísse da posição de comandante-geral do exército. 

Durante a tentativa de golpe, o ex-general entrou na sede do governo e confrontou o presidente, que repreendeu os atos de Zúñiga. Poucas horas depois, Arce trocou o comando das forças armadas, nomeando José Wilson Sánchez Velásquez para o exército. O governo boliviano decretou a prisão do ex-general e outros militares supostamente envolvidos. Antes de ser detido, Zúñiga afirmou, sem provas, que a tentativa de golpe foi uma farsa que o próprio presidente havia pedido a ele, com o objetivo de aumentar a popularidade do governo. Até a publicação desta matéria, Luis Arce não havia respondido à acusação do ex-general.

Fontes: Luis Arce (X), Fiscalía General del Estado Bolívia, Unitel, Poder360, UOL, BBC, Correio Braziliense, O Globo, Folha de S.Paulo e The Guardian.

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