Afirmação foi feita em passagem do presidente pela Ásia e foi rebatida pelo governo chinês
No dia 23 de maio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país estaria comprometido a proteger Taiwan em caso de invasão chinesa. “Esse é o compromisso que assumimos”, declarou em coletiva de imprensa dada em Tóquio (capital do Japão), ao lado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
Biden afirmou ainda que os EUA estariam dispostos a oferecer a Taiwan uma ajuda maior que a dada à Ucrânia contra a invasão russa, que incluiu fornecimento de armas e assistência de inteligência, mas sem o envio de tropas norte-americanas.
Além disso, a resistência ucraniana sob o ataque da Rússia (uma grande potência militar) tem servido como exemplo à possível atuação dos EUA no conflito asiático, uma vez que o país norte-americano pretende munir Taiwan com armamento pesado e reforços.
A preocupação de Biden é de que a China possa invadir Taiwan por acreditar que o território lhe pertence. Em 25 de maio, o exército chinês afirmou ter realizado exercícios aéreos e marítimos ao redor de Taiwan, sob pretexto de protesto em relação ao que foi declarado por Biden. “Este é um aviso solene contra o recente conluio entre os Estados Unidos e Taiwan”, disse o porta-voz do comando, Shi Yi, em pronunciamento na televisão estatal do país.
O governo chinês demonstrou descontentamento com as intenções de Biden. Poucas horas depois da coletiva de imprensa, Zhu Fenglian, porta-voz do Poder Executivo chinês, disse que os EUA estavam brincando com fogo ao intervir na relação entre China e Taiwan. “Se os Estados Unidos usarem a carta de Taiwan para conter a China, acabarão se queimando”, afirmou.
Taiwan: durante a Guerra Fria (1947-1991), a China acabou se dividindo em duas partes: uma socialista (sob influência da União Soviética) e outra, capitalista (influenciada pelos EUA), que passou a ser chamada de Taiwan e se declara, desde então, um país independente. A China, no entanto, afirma que Taiwan é uma província rebelde e pertencente a seu território.
Fontes: Estadão, Estadão, Nexo, Valor Econômico, Istoé e UOL Educação.
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