Equipes de resgate realizando buscas no rio Potomac. Crédito de imagem: Win McNamee/Getty Images

Na madrugada de 30 de janeiro, um avião comercial da American Airlines colidiu com um helicóptero militar e caiu no rio Potomac, em uma região próxima ao Aeroporto Ronald Reagan, que fica a cerca de 6 quilômetros de distância do centro de Washington D. C., capital dos Estados Unidos (EUA).

De acordo com informações da American Airlines, a aeronave não desviou da rota, o que indica que o acidente foi causado por uma alteração no percurso do helicóptero militar. O avião tinha 60 passageiros e quatro tripulantes a bordo; já o helicóptero do exército levava três soldados, que estavam realizando um treinamento.

O chefe do corpo de bombeiros de Washington, John Donelly, informou que as equipes de resgate passaram a noite realizando buscas no rio, mas que nenhum sobrevivente foi encontrado ainda. Segundo ele, agora as operações irão focar na busca de corpos, uma vez que as condições para a sobrevivência após o acidente já são praticamente nulas. No momento da queda das aeronaves, as temperaturas no rio marcavam 2,2°C (2 graus Celsius), o que pode levar à morte por hipotermia. Até o momento, 27 vítimas já haviam sido resgatadas do avião e uma do helicóptero. 

O avião da American Airlines vinha do Kansas e já estava perto de pousar no Aeroporto Ronald Reagan quando colidiu com o helicóptero militar. A aeronave levava, entre os passageiros, patinadores profissionais que retornavam de competições em Wichita, no Kansas. De acordo com a imprensa de Moscou, na Rússia, campeões de patinação russos também estavam a bordo, além de treinadores e familiares.

Em comunicado oficial divulgado pela Casa Branca, o presidente Donald Trump declarou: “Estou plenamente informado do terrível acidente que acabou de ocorrer no Aeroporto Ronald Reagan. Que Deus abençoe a alma deles. Agradeço pelo trabalho incrível realizado por nossos socorristas. Estou acompanhando a situação e fornecerei mais detalhes à medida que surgirem”. Além disso, em sua própria rede, Truth Social, Trump escreveu que o motivo do acidente deverá ser investigado, uma vez que o avião comercial não alterou a rota e, ainda assim, foi atingido pelo helicóptero.

Sean Duffy, secretário de Transportes dos Estados Unidos, por sua vez, afirmou que o acidente poderia ter sido evitado: “Não houve nenhuma falha na comunicação entre o helicóptero militar, o avião e a torre de controle de tráfego aéreo”.

Em virtude do ocorrido, o aeroporto foi paralisado e retomou as atividades apenas na manhã do dia 30. O Departamento de Defesa dos EUA informou que já está investigando os motivos da colisão.

Glossário:

Torre de controle: local que administra o tráfego aéreo de aviões e outras aeronaves, comunicando rotas e cruzando informações. 

Fontes: CNN EUA, The Guardian, Estadão e Folha de S.Paulo. 

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