Grupo enviado para cumprir pedido de prisão foi barrado por equipe de segurança da presidência
Em 2 de janeiro, policiais da Coreia do Sul entraram no complexo onde fica a residência oficial do presidente afastado, Yoon Suk Yeol, para cumprir uma ordem de prisão. No entanto, os agentes foram barrados por uma unidade militar e guardas presidenciais e, após cinco horas, a operação foi suspensa.
Um grupo de cem policiais e promotores chegaram ao complexo por volta das 8 horas, no horário local. Entretanto, os oficiais demoraram cerca de uma hora para conseguir atravessar uma multidão de manifestantes que protestavam a favor do presidente. Um ônibus chegou a ser estacionado na frente da residência oficial para impedir a entrada dos agentes.
Em seguida, o grupo foi bloqueado por cerca de 200 agentes do serviço de segurança do presidente e soldados de uma unidade militar que fica localizada na propriedade oficial da presidência. Segundo relatos, houve confronto entre os dois grupos, mas sem armas sacadas ou feridos.
O Escritório de Investigação de Corrupção, responsável pelo mandato, afirmou ter suspendido a prisão para garantir a segurança no local. Uma investigação foi aberta para apurar a atuação de chefes da segurança presidencial na ação.
A Coreia do Sul enfrenta uma crise política desde 3 de dezembro, quando o presidente Yoon Suk Yeol decretou lei marcial, substituindo a legislação normal por leis militares e restringindo o acesso a direitos civis. No entanto, deputados votaram contra o decreto, que foi revogado poucas horas depois.
Após a revogação, um processo de impeachment afastou Yoon da presidência, no dia 14 de dezembro, e, desde então, o decreto de lei marcial tem sido investigado.
O pedido de prisão do presidente afastado foi emitido no dia 31 de dezembro, pelo Escritório de Investigação de Corrupção, após, segundo a entidade, Yoon se recusar repetidas vezes a prestar depoimento.
A ordem de prisão tem validade até o dia 6 de janeiro e permite que a polícia mantenha Yoon Suk Yeol preso por, no máximo, 48 horas para interrogatório.
Até o momento, não há informações de quando uma nova tentativa de prisão será realizada.
Apesar do afastamento, Yoon Suk Yeol ainda é considerado presidente. Sua remoção definitiva do cargo está sendo julgada pelo Tribunal Constitucional sul-coreano, que tem até seis meses para decidir se o impeachment é valido ou não. Se a remoção do político da presidência por confirmada, será convocada uma nova eleição em até 60 dias.
Fontes: G1 e Folha de S.Paulo.
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