O talude (superfície inclinada) norte da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais, está se movimentando a 21 centímetros por dia em alguns pontos, segundo informou a Agência Nacional de Mineração (ANM) em 27 de maio. O deslocamento acelerado da estrutura pode levar à queda dela, o que geraria vibrações capazes de
O talude (superfície inclinada) norte da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais, está se movimentando a 21 centímetros por dia em alguns pontos, segundo informou a Agência Nacional de Mineração (ANM) em 27 de maio. O deslocamento acelerado da estrutura pode levar à queda dela, o que geraria vibrações capazes de romper a barragem Sul Superior, localizada a 1,5 km de distância.
O ritmo do deslocamento do talude aumentou de forma significativa nos últimos meses. De 2012 a 2018, a estrutura vinha se deslocando a 10 centímetros por ano. O alerta de riscos veio no fim de abril, quando o deslocamento passou para 5 centímetros por dia. Desde então, o talude vem se movimentando a uma velocidade cada vez maior.
Para a ANM, não há dúvidas de que o talude irá se romper. O que ainda não se sabe é o que acontecerá depois. O órgão trabalha com duas possibilidades: o talude desaba na cava, mas as vibrações não provocam o rompimento da barragem; o talude desaba na cava e as vibrações provocam o rompimento da barragem — neste caso, a lama que estava armazenada percorre várias áreas da cidade.
Em nota, a Vale, empresa responsável por Gongo Soco, afirmou que está monitorando a barragem e o talude 24 horas por dia e mantendo contato com as autoridades para prevenir e informar a população sobre o que está ocorrendo — os moradores da área de maior risco já foram retirados do local (saiba mais na edição 130 do Joca).
Fontes: Agência Nacional de Mineração, Vale, UOL, Estado de Minas e G1.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 132 do jornal Joca.
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