Tempo de criança não volta mais — quem já não ouviu ou falou essa frase? Todo mundo sabe que a infância é uma fase única e, portanto, deve ser aproveitada ao máximo. O problema é que, hoje, muitos pais enchem a agenda das crianças com atividades extracurriculares, uma rotina que pode ser exaustiva.

As atividades realizadas no contra turno escolar podem, sim, ser benéficas, desde que realizadas sem exageros. Para entender melhor, acompanhe nossas dicas para gerenciar as atividades extracurriculares sem sobrecarregar demais as crianças!

1. Determine quantas atividades ela fará na semana

Sabemos que os pais querem capacitar seus filhos, descobrindo habilidades ou lhes ensinando, desde cedo, um idioma, um esporte ou como tocar um instrumento musical. Resumindo: querem o melhor para seus filhos!

Ainda assim, é preciso cautela. Afinal, eles são apenas crianças, e não estão preparados para uma rotina tão agitada.

Dependendo da idade, uma só atividade extracurricular pode já ser suficiente. Os menores de seis anos, por exemplo, podem se sentir pressionados ao ter que cumprir horários e mostrar alto desempenho em diferentes habilidades.

Valorize o brincar

Não se precipite, respeite o tempo do seu filho. Fora da escola, o mais importante é que ele brinque, simplesmente. Brincar desenvolve a criatividade, a resolução de problemas e ainda é uma forma de a criança expressar os sentimentos.

2. Pergunte para o seu filho o que ele quer fazer

As atividades devem ser desenvolvidas sempre de acordo com o gosto da criança. A menina, por exemplo, não precisa ter aulas de balé se nunca mostrou interesse por isso. É claro que você pode apresentar a atividade para ela, mas nunca insista para que ela faça determinada aula só por um gosto seu.

Respeite os interesses do seu filho!

Tudo tem seu tempo

É comum que os filhos criem novos interesses por alguma atividade quando ficam mais velhos. Nesse sentido, não é porque se recusa a fazer judô aos 4 anos que ele não terá vontade de aprender o esporte aos 8.

3. Questione: por que quero que meu filho faça a atividade?

Muitas vezes, sem perceber, os pais querem que seus filhos realizem algum curso ou atividade que eles próprios não puderam fazer quando crianças. Pode ser o caso de um pai que sempre quis aprender piano, por exemplo, mas não teve oportunidade na infância, e agora insiste em garanti-la ao seu filho.

Em primeiro lugar, verifique se a criança quer mesmo fazer aquela aula. Será que ela quer aprender a tocar um instrumento musical? Ou ela está apenas realizando um desejo seu, da sua infância?

Cada criança é diferente

Não é porque um amiguinho da escola, ou um vizinho, frequenta a escolinha de futebol e mostra bastante habilidade com o esporte que o seu filho precisa fazer o mesmo. Não compare as crianças!

Seu filho não “ficará para trás” em relação aos outros. Muitas vezes, ele pode até demonstrar aptidão no futebol brincando com os primos, em casa mesmo, se for o caso.

4. Conheça as atividades extracurriculares que seu filho vai realizar

Antes de matricular seu filho em alguma atividade, converse com o professor — e até com os outros pais. Assim, você descobre qual é o cronograma, se há avaliações e como é a integração com os outros colegas.

A atividade deve ser prazerosa para a criança. Se possível, leve seu filho a uma aula experimental e veja como ele se sai. Se ficar satisfeito e feliz, pode ser uma boa opção.

Lembre-se: atualmente, mesmo um curso de inglês pode ser realizado de forma mais lúdica e interativa. Então, pesquise bem uma escola que valorize esses fatores no aprendizado.

Acompanhe o andamento das aulas

Ainda assim, mesmo que a criança demostre um contentamento inicial, continue acompanhando o andamento das aulas. Veja se ela continua gostando ou está indo só por obrigação.

Se perceber que está sendo cansativo ou tedioso para a criança, ou que ela está ficando irritada, não hesite em tirá-la da atividade.

5. Planeje o dia do seu filho com outras alternativas

Natação, inglês, piano, balé… fora as lições de casa, que a escola manda todos os dias. Será que a agenda da criança precisa estar sempre preenchida por alguma atividade dirigida ou de treinamento?

Sabemos que, atualmente, está bem complicado brincar na rua com os vizinhos. Mesmo assim, você pode pensar em outras alternativas. Que tal combinar com os amigos uma tarde divertida na sua casa? Eles podem brincar e lanchar juntos.

Quem mora em condomínio pode ainda brincar nas quadras e até em piscinas com os vizinhos. Considere ainda uma visita à casa da vovó ou um passeio no parque. Se estiver em casa com seu filho, convide-o para a cozinha e vocês podem fazer um delicioso bolo juntos! Ou ainda leia um livro com ele.

Seja como for, nesses casos, quem dita o que deve ser feito são as próprias crianças. Valorize a espontaneidade nesses momentos!

6. Saiba que o ócio faz bem para as crianças

Atualmente, é comum que os pais fiquem incomodados ao ver que a criança está à toa. Isso porque eles projetam a rotina dos adultos nos pequenos, logo, acabam delegando diversos compromissos para seus filhos na mesma semana.

Contudo, não cobre tanto o seu filho! Saiba que, além do lazer e das brincadeiras, o descanso também é positivo para as crianças. Afinal, elas já precisam se dedicar e estudar bastante na escola — mais do que antigamente, inclusive.

7. Pense na saúde física e mental da criança

Ter que cumprir diversos horários e estar sempre pronto para aprender alguma habilidade pode ser muito prejudicial às crianças. A pressão e a falta de descanso podem deixá-las irritadas, hiperativas, com dor de cabeça e dores musculares.

Não se esqueça de que elas são apenas crianças — não precisam sentir o peso nos ombros que os adultos sentem. E, se as atividades as estiverem fazendo mal, isso refletirá no seu desempenho e na convivência escolar. Pense nisso!

Por fim, vamos reforçar: as atividades extracurriculares podem, sim, trazer muitos ganhos para as crianças! O alerta é para que o interesse e tempo do seu filho sejam respeitados: é preciso valorizar o brincar e os momentos de descanso para que ele cresça de forma saudável.

Então, gostou do nosso post? Lendo tudo isso, você já consegue pensar em uma rotina mais leve para seu filho? Agora, aproveite para compartilhar essas dicas nas suas redes sociais e ajude a conscientizar mais pais de outras crianças!

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