A leitora Esty K., de 14 anos, fez uma entrevista com Marcelo Calderman, pai de oito filhos. Confira como foi a conversa.

Nós, crianças, temos as nossas próprias opiniões sobre os nossos pais. Mas que tal ouvir a opinião que eles têm sobre nós, filhos? Vamos ver o que Marcelo Calderman, pai de oito filhos, tem a dizer.

Antes de casar, o senhor já queria ter muitos filhos?

Para ser honesto, não. Venho de uma família com quatro filhos, o que me parecia um bom número. Quando casei, minha esposa, que vinha de uma família maior, me convenceu de que ter uma família grande era muito bonito.

Como o senhor equilibra trabalho e família?

De certa forma, o nosso dia a dia gera certo equilíbrio. Durante o dia, as crianças estão ocupadas com a escola e seus afazeres, enquanto nós, pais, estamos ocupados com o nosso trabalho. O equilíbrio é importante nas horas em que estamos juntos, pois procuramos ter tempo de qualidade, isto é, longe de celulares e afins. Mas isso é um desafio constante.

 Qual é a melhor coisa de ter uma família grande?

A melhor coisa é nunca estar desocupado (risos). Sempre tem algo acontecendo. No fundo, acredito que quanto mais o ser humano se dedica e se preocupa com os outros, melhor ele se torna.

Antigamente, era normal as famílias serem grandes. Na sua opinião, por que isso se tornou uma coisa incomum hoje?

Adorei essa pergunta! Realmente, fico sempre me perguntando isso. Talvez seja porque, hoje, manter uma família se tornou algo mais custoso do que antigamente, em função das exigências das nossas crianças. Acho que antes as pessoas viviam de uma forma mais simples.

Como pai, o senhor poderia passar uma mensagem para os outros pais sobre como educar filhos?

Gosto muito de uma frase que li uma vez: “Hoje está muito na moda as pessoas se perguntarem com que mundo deixarão os filhos; mas talvez o correto seja nos perguntar que filhos deixaremos para o mundo”.

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