Para fazer as máscaras, o artista Digão usa fita crepe e sacolas plásticas
Antes da pandemia do novo coronavírus, quem andava pelo bairro da Brasilândia, na cidade de São Paulo, já encontrava em paredes e muros grafites de figuras famosas, como da jogadora de futebol Marta e do cantor jamaicano Bob Marley. Agora, com o avanço da covid-19 pelo Brasil — e pelo bairro —, os rostos nesses painéis ganharam um novo acessórios: máscaras de proteção.
“Com a arte que já tinha aqui, quis conscientizar as pessoas sobre a importância do uso de máscaras. Na Brasilândia, onde eu moro, o número de casos de coronavírus está muito alto”, explica o artista Digão, criador dos grafites e responsável por colocar as máscaras nos painéis. Segundo a Prefeitura de São Paulo, a Brasilândia é o ponto da cidade com o maior número de mortes pela doença, com 247 falecimentos suspeitos ou confirmados.
Para fazer as máscaras, Digão usou fita crepe e sacolas plásticas. A confecção de cada item dura entre 20 e 30 minutos. Ao todo, dois painéis com diversos personagens ganharam os novos acessórios. “O legal é que, hoje, eu vejo muitas pessoas do bairro, de todas as idades, usando máscara. Acho que a mensagem que eu queria passar foi bem-sucedida. As pessoas entenderam o recado”, comemora o artista.
“Com a arte que já tinha aqui, quis conscientizar as pessoas sobre a importância do uso de máscaras…”
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 151 do jornal Joca.
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