Objetos não podem substituir afeto, certo? Parece óbvio que sim. Mas muitos pais pelo tempo que ficam longe dos filhos e para tentar de alguma maneira compensá-los, acabam caindo nas armadilhas sedutoras que a publicidade cria para seus rebentos, fazendo-os acreditar que serão felizes ao terem aqueles objetos.

Infelizmente, como um brinquedo, uma roupa de marca ou um jogo não substituem o afeto e a novidade passa rápido, logo, logo eles terão necessidade de encontrar um novo substituto. E esse circulo vicioso não acaba. A menos que pais e educadores conversem com as crianças e expliquem para que serve a publicidade. E não de uma forma maniqueísta, mas mostrando também que ela pode ser importante para mudanças de hábitos, para campanhas sociais, culturais, de saúde, e porque não, uma campanha educativa na escola?

É preciso mostrar às crianças que elas não serão mais importantes que outras por ter algo que outras não possuem. Ensiná-las desde cedo sobre o consumismo, sobre a forma de construção de uma mensagem nos vários meios de comunicação.

Na escola, os educadores podem convidar um publicitário para mostrar como se cria uma campanha publicitária e, de repente, estimular que as crianças criem uma campanha a partir de uma situação real vivida no ambiente escolar: lixo no chão, desorganização na fila da cantina, bullying e etc.

Algumas dicas sugeridas pelo Instituto Alana e que podem ser trabalhadas em casa e na escola: incentivar a brincadeira em grupo e, quem sabe, ao invés do Dia do Brinquedo, que existe em muitas escolas, trocar pelo Dia da Brincadeira, evitando assim competição entre os alunos para ver quem tem o brinquedo mais moderno e caro; dar o exemplo às crianças e não ser consumista; não cair na tentação de dar presentes para substituir a ausência, porque afeto e o carinho são sempre o melhor presente; conversar com as crianças sobre o objetivo da publicidade (comercial e social) e estimular que criem campanhas na escola, para ver na prática como funciona; antes de sair de casa para compras combinar com as crianças o que será adquirido; pesquisar os produtos antes de comprar por impulso os mais conhecidos e de marca e ensinar às crianças o valor do dinheiro entre outras ações.

Tem mais sugestões? Então manda pra gente!!! Vamos compartilhar com outros pais e educadores.

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