País foi suspenso da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao)
Governantes de algumas nações africanas, como Gana e Senegal, decidiram suspender o Mali da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), organização que promove o desenvolvimento da região com o comércio entre os países-membros. A decisão, tomada em 30 de maio, ocorreu após o país ter sofrido o segundo golpe de Estado em nove meses.
O que foram os golpes de Estado?
O governo do Mali começou a mudar em agosto de 2020. Na ocasião, o então presidente, Ibrahim Boubacar Keïta, foi forçado a renunciar ao cargo e dissolver o governo da época, após ter sido preso com o primeiro-ministro, Boubou Cissé, por militares. O episódio ocorreu depois de meses de protestos contra o governo.
Após os fatos, uma junta assumiu o controle do país e se comprometeu a fazer a transição para um novo governo em 18 meses, com novas eleições em fevereiro e março de 2022.
Entretanto, em 24 maio, o coronel Assimi Goïta, que tinha feito parte do primeiro golpe, tirou o presidente interino, Bah Ndaw, e o primeiro-ministro, Moctar Ouane, do poder. Ele disse ter tomado a decisão após os dois representantes não o consultarem sobre a formação de um novo governo. Até a publicação desta edição, Goïta era o presidente do Mali.
O que a Cedeao pede?
A comunidade exige, entre outros pontos: que um novo primeiro-ministro ocupe o cargo imediatamente; que as eleições programadas para 2022 ocorram na data prevista; e que Ndaw e Ouane (presos ao deixar os cargos) sejam soltos — de acordo com a organização, os dois estão em prisão domiciliar.
Glossário
Presidente interino: pessoa que ocupa a presidência de um país temporariamente.
Fontes: Cedeao Ecowas, DW, El País, G1 e The Guardian.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 172 do jornal Joca
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muito bom essa noticia tras, mas sobre isso
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