Entenda o que foi definido na nova rodada de discussões
Representantes do governo da Rússia e da Ucrânia se encontraram em 29 de março para discutir o fim do conflito. A reunião durou cerca de quatro horas e terminou com um representante do Ministério da Defesa russo se comprometendo a reduzir drasticamente ataques à cidade de Kiev (capital da Ucrânia), seus arredores e Chernihiv, no norte do país. Ucranianos, por outro lado, reafirmaram que não vão entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e explicaram sua proposta de neutralidade militar.
Para a Ucrânia, essa neutralidade (que já foi exigida pela Rússia anteriormente) significaria que bases militares internacionais não poderiam ser implantadas no país. Além disso, a nação não poderia participar de nenhuma aliança militar, como a Otan, tampouco ter militares estrangeiros no seu território.
Os representantes ucranianos apontaram que, nesse momento, a proteção de seus habitantes é fundamental. Outros pedidos, como a devolução da Crimeia (hoje anexada pela Rússia) e das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk (que estão sob domínio russo) também foram discutidos, mas nenhum acordo foi estabelecido.
As promessas firmadas não significam um cessar-fogo (quando, durante um conflito, fica acertado que não haverá mais ataques), mas o objetivo da reunião é que esse seja o primeiro passo para que isso ocorra. Além disso, o novo avanço nas negociações aumenta as possibilidades de um encontro entre os presidentes dos dois países – algo que o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, pede desde o início do conflito, mas o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda não aceitou.
Mais negociações devem ocorrer em uma reunião marcada para 30 de março.
Fontes: CNN, Istoé Dinheiro e O Globo.
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Será que estamos a caminho do fim?
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