De acordo com o levantamento feito pela Universidade Monash, em todo o mundo apenas 0,18% da área terrestre global e 0,001% da população mundial estão expostos a níveis seguros de MP2.5. Créditos de Imagem: Getty Images/Frans Lemmens

Segundo um estudo publicado pela Universidade Monash, da Austrália, na edição de março do periódico The Lancet Planetary Health, apenas 0,0001% da população mundial respira ar livre de índices de poluição considerados perigosos. A análise é baseada no nível de material particulado (MP2.5) presente no ar. 

O MP se refere a partículas de poeira que têm 2,5 mícrons (unidade de medida) de diâmetro (muito menor do que um grão de areia, para se ter ideia). Pelo tamanho extremamente pequeno, essas partículas conseguem entrar no sistema respiratório e, por isso, são perigosas. Assim, caso o índice de MP esteja alto, o ar não pode ser considerado realmente limpo. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estipula que o índice seguro de MP2.5 é de 15 microgramas por metro cúbico. De acordo com o levantamento feito pela Universidade Monash, em todo o mundo apenas 0,18% da área terrestre global e 0,001% da população mundial estão expostos a níveis seguros de material particulado, que está presente em qualquer tipo de material líquido ou sólido presente no ar e pode ser disseminado principalmente pela fumaça e poeira que se espalham por meio de veículos, indústrias, queimadas e processos naturais. 

Enquanto o índice de MP2.5 diminuiu na América do Norte e Europa, regiões da Ásia, Oceania e América Latina apresentaram um aumento na quantidade de material particulado no ar. As novas tecnologias utilizadas na análise possibilitaram um resultado que fizesse comparações entre os dias que tiveram números mais altos de poluição entre os anos 2000 e 2019.

“Usamos métodos estatísticos e de aprendizado de máquina para avaliar com mais precisão as concentrações diárias globais de PM 2.5 no nível da superfície em uma alta resolução espacial entre 2000 e 2019”, declarou em comunicado Yuming Guo, pesquisador e professor na Faculdade de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade Monash.

Na América do Sul, por exemplo, os maiores registros aconteceram em agosto e setembro. De modo geral, 70% dos dias em todo o mundo apresentaram números maiores do que o índice seguro. 

Fontes: Galileu, OMS e Canaltech.

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (0)

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido