Há cerca de um ano, o litoral brasileiro começou a registrar manchas de óleo nas praias. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 130 municípios foram atingidos, em 11 estados (Espírito Santo, Rio de Janeiro e todos os do Nordeste). O primeiro afetado foi Conde, na Paraíba, em 30 de agosto de 2019. Além de atingir mais de mil quilômetros de praias, o óleo se espalhou por rios, manguezais e ilhas.

Apesar de algumas hipóteses terem sido levantadas (saiba mais na edição 139 do Joca), a questão continua sem solução. Entenda mais a seguir. 

Ainda há manchas?
Segundo a Marinha do Brasil, 5 mil toneladas de petróleo foram recolhidas das praias entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020. Em junho, as manchas voltaram a aparecer em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Desde então, outros 100 quilos do material foram recolhidos. As manchas estavam no fundo do mar, grudadas em corais ou pedras, e chegaram à areia levadas pelas ondas. “É ainda esperado o ressurgimento dos vestígios de óleo do incidente de 2019 pelos próximos anos, de forma reduzida ao longo do tempo”, afirmou a Marinha.

Quais são os principais impactos?

Queda da biodiversidade | Quatro praias da Bahia perderam 80% da biodiversidade (diversidade de vegetais e animais em um ambiente) após o derramamento do óleo, concluiu um estudo da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Um exemplo isso está na quantidade de organismos vivos, como animais marinhos, a cada metro quadrado da praia, que diminuiu 83% entre julho de 2019 e julho de 2020.

Pescadores sem trabalho | Segundo estimativas do Comitê SOS Mar, da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe), 350 mil pescadores nordestinos perderam dinheiro com a morte de peixes contaminados. A situação ficou ainda pior por causa da pandemia, que diminuiu o turismo.

Como está a investigação?
Em agosto, a Marinha concluiu a primeira parte das investigações sem indicar culpados nem revelar de onde veio o derramamento. Em nota, a entidade afirma que a investigação continua em cooperação com a Polícia Federal e que “os trabalhos permanecerão até que o responsável seja identificado”. O órgão admitiu que é preciso melhorar o monitoramento dos navios que passam pelos mares brasileiros para evitar novas contaminações.

Manchas de óleo em Japaratinga, no estado do Alagoas, em outubro de 2019 | #pracegover: pessoas paradas na areia observam manchas pretas de óleo na areia. Foto: Felipe Brasil/Instituto do Meio Ambiente de Alagoas / Divulgação

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 156 do jornal Joca

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Comentários (2)

  • CONRADO de Campos ALMADA

    7 meses atrás

    Legal que e interessante mais triste que tem mancha por ai

  • CONRADO de Campos ALMADA

    7 meses atrás

    Legal

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