#PraCegoVer: A imagem mostra o garoto espanhol sentado em frente ao seu computador, segurando com as mãos uma espécie de robô e uma chave de fenda azul. Ele veste camisa xadrez azul e branco e um relógio de pulso preto. No fundo, há um calendário com um time de futebol pendurado na parede e um certificado. Crédito da imagem: divulgação.

Por Martina Medina

Antonio García Vicente, 11 anos, tinha apenas 6 anos quando entrou em uma oficina de programação para crianças na Universidade de Valladolid, pequeno povoado espanhol de 300 mil habitantes onde vive.

Empolgado pela ideia de não só jogar videogames, como criar os próprios jogos, Antonio se tornou o aluno mais novo do Clube de Jovens Programadores da universidade, em que estuda até hoje.

Em cinco anos, ele já criou mais de cem videogames, incluindo jogos sobre conteúdos escolares – como matemática e os planetas – simuladores de voos e games musicais. “Eu também fiz jogos como Mario Bros. e de futebol tipo o da Fifa [Federação Internacional de Futebol], mas muito mais simples, é claro”, acrescenta ele, em entrevista ao Joca.

Segundo Antonio, algumas das ideias dele vêm de desafios propostos pelos professores. Outras surgem no dia a dia. “Eu me pergunto: ‘Como será que isso é feito? Eu poderia fazer isso também?’ Então, eu começo a tentar”, explica.

Para transmitir o que aprendeu, Antonio criou o Clube de Programação de El Páramo, na escola onde estuda. No começo, eram dez alunos. Agora, ele, a irmã Noelia García Vicente, 13 anos, e outros professores ensinam programação a 54 crianças de 6 anos a 15 anos. “A sensação de programar e ver que tudo funciona como você planejou é ótima, mas compartilhar conhecimentos com os outros e fazer com que se apaixonem pela programação é incrível!”, afirma.

Além da paixão pela programação, Antonio é fanático por futebol. Ele sonha em ser goleiro, mas, depois que se aposentar dos campos, pretende ser inventor. “Quero criar algo que seja realmente importante, que ajude a melhorar a vida das pessoas”, diz. “O futuro é nosso e nós, crianças, também podemos decidir como funcionam as coisas.”

Fonte: El País.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 126 do jornal Joca.

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