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Continuação da matéria publicada no Joca 87

O Colégio Rio Branco Granja Vianna foi o vencedor das categorias amadora e júri popular do concurso “O Valente Não é Violento”, um projeto da Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU Mulheres). Na campanha, que contou com a participação de alunos e pessoas que trabalham com audiovisual, os participantes mandavam vídeos que mostravam como seria o mundo se homens e mulheres fossem tratados do mesmo jeito.

Os vídeos, que podiam ter até um minuto, tinham formato livre: podiam ser desde uma animação até uma matéria. No projeto do Rio Branco, por exemplo, funcionários e alunos, ouvintes e surdos, são os personagens, que têm que responder à pergunta: “Como seria o mundo sem as imposições sociais em relação ao que é esperado de homens e mulheres?”

Além da categoria amadora, o concurso também escolheu o melhor vídeo da categoria profissional. O vencedor foi “Gênero em Bits”, de Hiran Azevedo.

Os vídeos vencedores foram exibidos no site da ONU Mulheres e na página do “Valente Não é Violento”.Os ganhadores também receberam prêmios em um evento que aconteceu no dia 29 de novembro, na FUNARTE, em Brasília.

Segundo os organizadores do “Valente Não É Violento”, o objetivo principal do concurso éestimular a mudança de atitudes e comportamentos machistas, que fazem mal para as mulheres” para que “a juventude da América Latina e do Caribe possa ter uma vida livre da violência de gênero”.

O vídeo do Colégio Rio Branco Granja Vianna foi feito pelo coletivo Humana Mente, um grupo que discute direitos humanos (direitos das mulheres, dos negros, dos grupos religiosos, entre outros). Veja o que os alunos acharam de participar do concurso:

Amanda Mikami 

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“Eu já tinha pensado nesse assunto antes de fazer o vídeo. Essa desigualdade é muito ruim, pois as mulheres não têm liberdade. É preciso ter igualdade para que as mulheres possam ter uma vida normal”.

Tarsila Carvalho, 11 ano, 6º ano

“Eu achei interessante, pois várias pessoas, de várias séries estavam envolvidas. Muitas mulheres sofrem violência todos os dias. Acho que esse assunto podia ser mais falado nos jornais, na televisão. Nas redes sociais, as pessoas podem postar um notícia sobre isso e várias pessoas vão comentar, refletir sobre o assunto…”

Evandro Oliveira, 12 anos, 6º ano

“Foi uma experiência legal porque eu nunca tinha pensado nesse assunto, nos direitos das mulheres. Os homens não pensam nos direitos que as mulheres não têm porque os homens têm todos os direitos. Acho que a internet pode ajudar a mudar isso. Ela tem vários tipos de público, crianças e adultos. Se você colocar isso na cabeça de uma criança, no futuro ela vai conseguir mudar as coisas”.

Thomás Carvalho, 15 anos, 9º ano

“Foi uma boa experiência, nos ajudou a refletir sobre o assunto e pensar como mudar a sociedade. Acho que poderia acontecer uma reeducação, um pensamento crítico sobre o assunto”.

Luis Eduardo Matias, 14 anos, 9º ano

“É um projeto muito interessante, bem significativo o assunto do vídeo. Na minha casa, as pessoas são bem politizadas, sempre discutimos esses assuntos no almoço. Eu, como pessoa, tenho que respeitar todo mundo, não importa o gênero, a raça, a religião, e tentar, o máximo que eu puder, fazer com que as pessoas se tornem mais tolerantes. Mostrar alguns tipos de preconceito que a pessoa pode ter e não sabe”.

Pietro Dal Monte, 13 anos, 9º ano

“É um projeto muito legal, eu gosto da ideia de que, com gestos simples, como um vídeo de um minuto, nós podemos conscientizar as pessoas e espalhar a ideia de que não devem existir diferenças entre homens e mulheres. Eu gostei de ter participado”.

Sara Nassif, 14 anos, 9º ano

O processo de produção do vídeo foi incrível. Nós já tínhamos discutido intolerância de gênero e, com o vídeo, nós contamos um pouco do que tínhamos aprendido. Foi tudo em grupo, tudo discutido, todo mundo participou. Além de nós nos conscientizarmos sobre essa questão, o vídeo uniu muito o grupo. Como mulheres, nós temos contato com esse assunto todos os dias. É um tabu discutir o que que acontece com você sempre. É muito bom poder discutir isso. São questões essenciais”.

Giorgia Cirenza, 15 anos, 9º ano

Desde o começo desse semestre, eu pensava em fazer um projeto sobre feminismo para o Evento Cultural. Eu, então, chamei as pessoas do Humana mente para participar do meu projeto. Eu comecei com a ideia de que nós iríamos até a Avenida Paulista entrevistar algumas pessoas e fazer perguntas básicas. Eu tive as ideias das perguntas graças ao vídeo do Humana mente. A pergunta parece simples e as pessoas respondem o que se passa na cabeça delas. A ideia era mostrar o que aqueles que não estão a nossa volta pensam”.

Pedro Paulo Santos, 6º ano, 12 anos 

Eu achei uma ideia ótima. Acho que é bem importante falar sobre isso porque a mulher está em desvantagem e o homem está sempre acima. Acho que isso tem que mudar”.

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