Os alemães foram às urnas, em 26 de setembro, para votar nas eleições parlamentares do país — escolha dos políticos que participarão do parlamento, local onde os representantes defendem propostas para a nação. O partido vencedor foi o Social-Democrata, com 25,7% dos votos, pouco à frente da União Democrática Cristã, que teve 24,1% e é a sigla da atual primeira-ministra (líder do país), Angela Merkel.

Para escolher os políticos que farão parte do parlamento, os alemães têm que preencher uma cédula (papel) com dois votos. No primeiro, a pessoa escolhe um candidato para representar o seu distrito (área com cerca de 250 mil habitantes). No segundo voto, os alemães escolhem o partido de sua preferência — as siglas mais votadas podem ter mais políticos no parlamento.

Na prática, metade das vagas do parlamento vai para políticos eleitos diretamente pelo povo e a outra metade é cedida aos partidos (que ocupam essas vagas conforme a porcentagem de votos dada pelos cidadãos).

Como o líder do país é eleito?
Na Alemanha, o maior cargo da política é o de primeiro-ministro (ou chanceler), escolhido pelos parlamentares. Funciona da seguinte maneira:

• Quando nenhum partido tem votos suficientes para ocupar a maioria das vagas do parlamento, os partidos formam coalizões, ou seja, grupos que estão em acordo.
• O objetivo dessa união é somar os lugares a que cada partido tem direito no parlamento e, desse modo, obter a maioria, garantindo uma vantagem na hora de votar em decisões para o país.
• Assim que se forma uma coalizão com maioria das vagas do parlamento, o grupo deve definir quem será o novo primeiro-ministro.

Na maioria das vezes, o indicado para ser o novo primeiro-ministro é o candidato do partido mais votado. Mas isso não é uma regra. Como a sigla mais votada da eleição de setembro foi a do Partido Social-Democrata, seu representante, Olaf Scholz, é o que tem mais chances de ser o primeiro-ministro. Porém, até o fechamento desta edição, ainda era necessário esperar que as coalizões fossem feitas e um novo líder fosse confirmado.

Saída de Angela Merkel
Enquanto o novo primeiro-ministro não for definido, o cargo continuará sendo ocupado por Angela Merkel. A representante, primeira mulher líder da Alemanha, comandou o país por 16 anos e, apesar de ter o direito de disputar uma quinta eleição, resolveu se aposentar.

Ao longo desse período, Merkel atuou, por exemplo, para que mulheres conquistassem melhor situação profissional no país e garantiu que todas as crianças alemãs tivessem direito a uma vaga em creches.

Fontes: DW, G1, Folha de S.Paulo e Nexo.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 178 do jornal Joca.

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