refugiados ucranianos 184
Refugiados ucranianos chegam a Berlim, na Alemanha, em 16 de março, levando tudo o que conseguem carregar na bagagem, incluindo seus animais de estimação. / #pracegover: foto de jovem com mochila nas costas, carregando um cachorro no colo. Ao redor dela, dois adultos. Crédito de imagem: DEREK HUDSON_GETTY IMAGES

Por causa da guerra na Ucrânia, iniciada há cerca de um mês, quando a Rússia começou a atacar o país, mais de 3,7 milhões de pessoas já saíram do território ucraniano como refugiadas, de acordo com o ACNUR (Agência da Organização das Nações Unidas Para Refugiados). Entre as crianças da Ucrânia, mais da metade já deixou a casa em que vivia em busca de segurança. Segundo o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef), das 7,5 milhões de crianças ucranianas, 1,8 milhão foram para países vizinhos, enquanto 2,5 milhões estão em abrigos temporários dentro da Ucrânia.

Para prestar apoio a esse enorme fluxo de ucranianos que precisam de ajuda, organizações, comunidades e pessoas de diversas partes do mundo, inclusive do Brasil, estão se mobilizando. A seguir, confira algumas dessas iniciativas.

Refugiados ucranianos no Paraná
A cidade que concentra a maior comunidade de ucranianos no Brasil, Prudentópolis, no Paraná, está se preparando para receber refugiados. O município deve abrigar ao menos 300 pessoas, e 29 já desembarcaram em Curitiba, capital do estado, em 18 de março. “Eles ficaram aqui em Curitiba de 18 a 20 de março, e fizemos o acolhimento. No dia 20, foram para Guarapuava, onde vão esperar as casas de Prudentópolis que estão sendo construídas para eles ficarem prontas. Enquanto isso, estão em um centro de retiro, que é uma espécie de chácara”, explica Martha Zimermann de Morais, diretora executiva da Associação Batista de Ação Social de Curitiba (Abasc). “Estamos pedindo doação de terrenos [em Prudentópolis] e, logo que isso acontecer, acho que vamos ter os recursos para construir essas casas”, diz ela.

Enquanto isso, igrejas locais, seus voluntários e a comunidade ucraniana da região estão unindo esforços para garantir alimentação, remédios, acesso a psicólogos, empregos e escolas para os refugiados. “A ideia é que as crianças sejam inseridas na rede pública e, ao mesmo tempo, tenham aulas de português. Em relação aos empregos, vai ser feito um levantamento sobre a profissão de cada um para ver como é possível inseri-los”, comenta. Martha aponta que o mais importante agora é arrecadar fundos. “Os maiores desafios são hospedagem e alimentação, porque são 29 pessoas que precisam de café [da manhã], almoço e jantar. É uma demanda grande, e a gente vai receber mais 80 pessoas em São Paulo e mais 230 no Paraná em 4 de abril.”

Caso o conflito acabe, o retorno de quem quiser voltar para a Ucrânia será providenciado. A quem preferir continuar no Brasil será dado suporte para trazer familiares que estão na Ucrânia.

Aplicativo para conectar
Os estudantes Avi Schiffmann, 19 anos, e Marco Burstein, 18 anos, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveram um aplicativo que conecta refugiados da Ucrânia com famílias que oferecem abrigo. Pela plataforma, pessoas ao redor do mundo anunciam suas casas com os detalhes de como seria a estadia — para quantas pessoas e se animais são aceitos, por exemplo.

Resgate de animais
Em situações de guerra, animais também precisam ser retirados das áreas de conflito. Por isso, a Fundação do Leão, na Holanda, recuperou dois tigres e dois leões ucranianos em 19 de março. Eles seguirão para a África do Sul, onde devem ficar permanentemente. Por enquanto estão sendo acompanhados por estarem desnutridos (os felinos ficaram cerca de duas semanas sem comer) e traumatizados. Outros bichos, como cães, gatos e raposas, também já foram retirados da Ucrânia pela fundação e enviados para outros países.

Leilão de medalha do prêmio Nobel
O jornalista russo Dmitry Muratov, um dos vencedores do Nobel da Paz de 2021, está leiloando a medalha de ouro que ganhou pelo prêmio. O valor será doado a um fundo que ajuda crianças feridas e doentes que precisam de tratamento urgente por causa da guerra. O objeto vale cerca de 10 mil dólares (aproximadamente 50 mil reais), porém, por seu significado, poderá ser vendido por um valor bem mais alto.

Fontes: ACNUR, Agência Brasil, CNN, Estadão, Folha de S.Paulo, Governo do Paraná, Poder360, The Guardian, Unicef, UOL e The Washington Post.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 184 do jornal Joca.

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Comentários (3)

  • Não Posso Falar Da Silva

    1 ano atrás

    o jornal joca é confiavel?

  • Jornal Joca

    1 ano atrás

    Oi, tudo bom? Sim, o jornal Joca é confiável. Nós apuramos as notícias, checamos as informações e contamos com várias etapas para ter certeza de que as informações são confiáveis. Qualquer dúvida basta enviar um e-mail para joca@magiadeler.com.br.

  • Aluno EC 3

    1 ano atrás

    mt bm

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