Ao longo do tempo
As máscaras faciais são usadas há centenas de anos, mas nem sempre para evitar que alguma doença se espalhe

Anos 1300
Médicos que atendiam pacientes atingidos pela peste negra começaram a usar máscaras faciais para se proteger da doença. As peças cobriam o rosto inteiro e tinham um espaço pontudo para “encaixar” o nariz. Dentro delas, as pessoas colocavam palha e ervas aromáticas (como hortelã), pois se acreditava que esses itens eliminariam o contágio pelo ar. Com o fim da pandemia, os médicos abandonaram o hábito de usar máscaras.

Anos 1800
Trabalhadores de fábricas passaram a usar máscaras para evitar o contato com partículas que ficavam no ar por causa da produção. Em 1897, o cirurgião francês Paul Berger foi o primeiro médico a usar máscara durante uma operação, pois descobriu, por meio do trabalho do bacteriologista alemão Carl Flügge, que bactérias da saliva poderiam causar doenças — e ele poderia contaminar pacientes com as próprias bactérias

1918
Durante a epidemia de gripe espanhola, os médicos voltaram a usar máscaras para se proteger nos atendimentos. Algumas cidades, como Seattle, nos Estados Unidos e tornaram o uso brigatório durante o período.

Anos 1920
Cirurgiões aderiram ao hábito de usar máscaras durante operações.

Pós-Segunda Guerra Mundial (1945)
Com o aumento da produção nas fábricas, habitantes de cidades da Inglaterra, China e Índia, por exemplo, criaram o hábito de usar máscaras para se proteger da poluição do ar.

Por que é importante usar máscara agora?
Aliado ao distanciamento social, o acessório é importante não só para evitar o contágio pelo novo coronavírus, como para diminuir as chances de complicação da doença causada por ele. De acordo com um estudo publicado em 29 de junho pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, quem entra em contato com o vírus estando de máscara — e mantendo distanciamento das outras pessoas — acaba se contaminando com uma carga viral (ou seja, de vírus) menor do que quem tem contato com o vírus sem adotar essas medidas de proteção.

Uso comum
Em alguns países, como o Japão, as máscaras são um hábito bem anterior à pandemia do novo coronavírus. Na cultura desses locais, é comum que as pessoas usem máscaras quando estão gripadas — uma forma de não contaminar os outros, principalmente onde há aglomerações, como trens e ônibus. Mesmo quem não está doente às vezes usa máscara para se prevenir de doenças contagiosas, evitar alergias e a poluição.

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#pracegover: criança e mulher asiáticos usam máscara em 1985. A foto está em preto e branco. Foto: John Downing/Getty Images

Cuidados com sua máscara
• Sempre tenha certeza de que ela está cobrindo nariz e boca.
• Não encoste na máscara. Ao colocá-la ou tirá-la, manuseie apenas os elásticos.
• Não empreste sua máscara para ninguém.
• Lave sua máscara sempre que chegar em casa. Peça para seus pais ou responsáveis lavarem a peça com água sanitária, deixando-a de molho por cerca de 30 minutos. Depois de seca, é indicado passá-la a ferro.
• Durante a pandemia, use máscara sempre que sair de casa.

#pracegover: estudantes de medicina em Londres, 1935, com roupa própria para hospitais, touca e máscara. A foto está em preto e branco. Foto: Fox Photos/Getty Images

Veja como fazer uma máscara em casa no site do Joca: bit.ly/como-fazer-mascara.

Saiba mais sobre doenças como peste negra e gripe espanhola na edição 140 do Joca.

Fontes: Bloomberg, Estado de Minas, Folha de S.Paulo, Gizmodo Brasil, Instagram A tila Iamarino, Japão em Foco, Universidade de Oxford.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 153 do jornal Joca.

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Comentários (3)

  • Matérias do Joca sobre o novo coronavírus - Jornal Joca

    3 anos atrás

    […] A história das máscaras faciais […]

  • isa

    3 anos atrás

    eu aprendi da peste negra numa serie

  • bruno

    3 anos atrás

    oque e esa estoria

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