Diversos profissionais, como cientistas e engenheiros, têm investido em ações que, ao lado das vacinas, podem ajudar a diminuir os impactos da pandemia do novo coronavírus. a seguir, conheça algumas delas
Calculadora epidêmica
A partir de dados da pandemia, esta ferramenta simula como estará a situação no Brasil nas próximas semanas. Por exemplo: em uma simulação iniciada em 3 de fevereiro para as três semanas seguintes, a calculadora mostra a tendência do que deve acontecer nesse período — quantas pessoas devem ser internadas e quantos leitos para pacientes serão necessários em hospitais, entre outros fatores. A ideia não é prever o futuro, e sim usar tendências observadas até agora para ajudar especialistas em saúde pública a se preparar para o que pode ocorrer, como providenciar mais leitos. A ferramenta foi desenvolvida pela Universidade de Brasília e pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em parceria com órgãos nacionais de saúde.
Tratamentos e medicamentos
Ainda não existe um remédio ou tratamento capaz de prevenir ou curar a covid-19. Porém, cientistas estão envolvidos com pesquisas quem têm esse objetivo. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, criou o grupo Solidariedade. Ao todo, 12 mil pessoas, de mais de 30 países, concordaram em participar de testes com remédios propostos pelo grupo. Os profissionais avaliam se o medicamento testado foi capaz de reduzir três fatores: chances de o infectado morrer, necessidade do uso de equipamentos para respirar e tempo de internação. Até o momento, nenhum medicamento teve o efeito necessário.
Por que é tão difícil achar um tratamento contra um vírus?
É um grande desafio — que leva tempo para ser vencido — encontrar um remédio que seja capaz de:
O uso da tecnologia para identificar a covid-19
– Em alguns centros de pesquisa, em países como França e Itália, cachorros estão sendo treinados para detectar pelo olfato pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
– No Brasil, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos desenvolveram um teste de detecção da covid-19 com resultado que sai na hora e custa cinco vezes menos para ser produzido. Ele deve estar disponível em abril.
– Em Taiwan, a empresa Brain Navi criou um robô capaz de realizar a testagem. Isso ajudou a evitar contaminação entre profissionais da saúde.
– Nos Estados Unidos, a empresa ZKTeco desenvolveu uma tecnologia que detecta sintomas de covid-19 usando reconhecimento facial.
Soro brasileiro
No Brasil, um soro produzido a partir de anticorpos (moléculas que protegem o organismo) de cavalos para tratamento da covid-19 aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar os testes em humanos. Desenvolvido pelo Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o soro não funciona como uma vacina, e sim como tratamento para a doença. A previsão é de que o estudo esteja concluído em três meses. Saiba mais sobre essa pesquisa no site do Joca: bit.ly/soro-cavalo-covid.
Fontes: CNN, Estadão, Harvard Medical School, National Institutes of Health, Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde e Security Magazine.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 164 do jornal Joca.
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.