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De acordo com um novo relatório divulgado pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus (C3S), da União Europeia (UE), em 8 de abril, a Europa teve o mês de março mais quente da história desde que as análises do C3S tiveram início. Ainda segundo o documento, o mês foi o segundo mais quente do planeta (com contagem também a partir do começo dos estudos da C3S), ficando atrás apenas de março de 2024. 

A temperatura média global foi de 1,6°C superior aos níveis pré-industriais, alcançando pela vigésima vez consecutiva nos últimos meses temperaturas globais 1,5°C acima desse marco. Após a Revolução Industrial (1760-1840), o planeta passou a emitir uma quantidade ainda maior de GEEs, o que afetou diretamente o aquecimento global. Por isso, é considerado o aumento em comparação ao período pré-industrial para analisar o aumento do calor na Terra.

Vale lembrar que o Acordo de Paris, firmado em 2015, estabeleceu o objetivo de limitar o aumento da temperatura média global a bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, com esforços para restringi-lo a 1,5°C. O cenário não está se cumprindo: 2024 foi o ano mais quente da história, marcando cerca de 1,6°C acima dos níveis pré-industriais.

Pesquisadores do relatório explicam que o continente europeu enfrentou extremos climáticos, com algumas regiões registrando o mês de março mais seco e outras o mais úmido em 47 anos. Além disso, a análise aponta que o gelo marinho do Ártico atingiu sua menor extensão para o mês de março nos 47 anos de observações por satélite.

Esses dados ressaltam a persistência de temperaturas altas, mesmo após o fim do El Niño, no início de 2024. O fenômeno, que começou em junho de 2023, foi responsável por afetar a temperatura e os padrões de chuva em todas as regiões do mundo em decorrência do aquecimento das águas no Oceano Pacífico.

Outras regiões do planeta também continuam com temperaturas mais quentes do que a média, incluindo partes do Ártico, além de Estados Unidos, México, regiões da Ásia e da Austrália.

Glossário: 

Gases de Efeito Estufa (GEEs): gases poluentes, como o dióxido de carbono (CO2). Ao ser liberados (por meios de transporte ou indústrias, por exemplo), eles sobem para a atmosfera terrestre e ficam “presos” ali, acumulando-se em uma espécie de camada. Essa camada impede o calor de sair da Terra e, ao ser intensificada pela ação humana, leva ao aquecimento global.

Fontes: Copernicus, Folha de S.Paulo e O Globo.

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