Enviados a Moçambique para auxiliar os sobreviventes do ciclone Idai, brasileiros especializados em buscas e salvamentos estão construindo centros de acolhimento para as vítimas, levando água, alimentos e medicamentos para os cidadãos atingidos, e liberando estradas para facilitar o transporte de cargas e pessoas. Desde o fim de março, membros do Corpo de Bombeiros de
Enviados a Moçambique para auxiliar os sobreviventes do ciclone Idai, brasileiros especializados em buscas e salvamentos estão construindo centros de acolhimento para as vítimas, levando água, alimentos e medicamentos para os cidadãos atingidos, e liberando estradas para facilitar o transporte de cargas e pessoas.
Desde o fim de março, membros do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e da Força Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil estão atuando na região com o objetivo de ajudar a população, que sofre com falta de comida, água potável e itens de higiene, entre outros.
A seguir, confira entrevista que o capitão Kleber, um dos brasileiros enviados a Moçambique, deu ao Joca.
COMO VOCÊ ESTÁ AJUDANDO OS SOBREVIVENTES?
As vítimas estão sendo levadas para centros de acolhimento e, em seguida, para abrigos temporários, que estamos ajudando a construir. Neles há água potável e comida. Se as vítimas ainda estivessem nas residências devastadas, ficariam sem comida e beberiam água que muitas vezes está contaminada, correndo o risco de ficar doentes.
QUAL ESTÁ SENDO O MAIOR DESAFIO DA MISSÃO?
É ver que a tarefa de apoio às vítimas do ciclone é grande, mas o desafio em Moçambique é maior. Já era um país muito vulnerável, e o ciclone expôs isso. Aqui, há muitas pessoas pobres, que são as que mais sofrem. Nosso maior desafio é ter que ver esse sofrimento no dia a dia.
VOCÊ TAMBÉM ATUOU EM BRUMADINHO?
Sim, sou piloto de helicóptero, a minha aeronave foi a segunda a chegar lá. Resgatei duas vítimas vivas. Trabalhei por mais de 60 dias em Brumadinho.
Entenda o ciclone Idai
O fenômeno natural passou por Moçambique, Zimbábue e Malaui em março. O fenômeno levou chuvas e ventos fortes para a região, gerando mortes e destruição — escolas, casas, hospitais e estradas foram arrasados. Estima-se que mais de 3 milhões de pessoas tenham sido impactadas pelo ciclone nos países atingidos (saiba mais na edição 128 do Joca).
Fontes: Agência Brasil, DW Brasil, Politize!, Shifter, The Slovak Spectator e The Guardian.
Reportagem publicada originalmente na edição 129 do jornal Joca.
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