São Paulo registra o maior número de acidentes com esses animais em 30 anos.
Por Helena Rinaldi
São Paulo registrou o maior número de acidentes com escorpiões nos últimos 30 anos em 2018, de acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). Foram registrados 30.707 casos e 13 mortes por acidente com esses animais no estado no ano passado, segundo dados divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo. Neste ano, até 27 de fevereiro, foram 4.025 casos e duas mortes.
A bióloga Denise Candido, do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan explica que a falta de saneamento básico, que é o tratamento de esgoto, limpeza da cidade e controle de pragas, e a grande quantidade de lixo e entulho são as causas do problema. “Por conta do crescimento muito rápido e não planejado de São Paulo, a cidade tem problemas com a quantidade de lixo, o que atrai muitas baratas”, explica. “Como esses insetos são o principal alimento dos escorpiões, eles são muito atraídos para lugares assim.”
Outro problema é a existência de muito alimento e abrigo na cidade para esses animais, que gostam de se esconder em telhas, entulhos e no meio do lixo doméstico. É por isso que é mais comum encontrar escorpiões nas áreas urbanas do que nas rurais.
O calor também é um atrativo para eles. Como ultimamente as estações não estão mais tão bem definidas e o clima está quente em quase todas as épocas do ano, os escorpiões estão aparecendo ainda mais.
Outro fator que contribui para o número ter aumentado, segundo a bióloga, é que a maioria dos escorpiões-amarelos, a espécie mais comum em São Paulo, é formada por fêmeas, e elas não precisam de machos para dar cria. “Cada fêmea, sozinha, tem cerca de 20 crias por ano. Isso é muito ruim porque cada escorpião filhote dará cria quando tiver mais ou menos entre 10 meses e 12 meses, eles terão novos filhotes, e assim por diante”, explica.
Todo escorpião é venenoso
Segundo Denise Candido, todo escorpião tem veneno. A diferença é que a composição de alguns é mais prejudicial e pode até levar à morte. “O escorpião-amarelo e o escorpião-marrom são os mais perigosos. Enquanto o primeiro tem o corpo todo amarelo e a cabeça mais escura, o outro é marrom-avermelhado e tem pernas e braços mais claros e com manchas escuras”, explica. Outros muito presentes nas cidades são o escorpião-amarelo-do-nordeste e o escorpião-preto-da-amazônia.
Dicas para evitar a picada de um escorpião
A especialista também fala sobre as principais recomendações para não sofrer acidentes. Confira:
1- Nunca encoste em um animal que você não sabe o que é: é importante sempre chamar um adulto para ajudá-lo a identificar.
2- Evite matar escorpiões: ao avistar um escorpião, o mais indicado é se afastar do animal e chamar um adulto para contar sobre o que viu imediatamente. Lembre o adulto de nunca usar as mãos nem pisar no animal para matá-lo. É importante dar preferência para potes (apontando a boca do pote para o chão para prendê-lo) ou usar objetos que evitem seu contato com o animal. O escorpião não pica do nada, só quando se sente ameaçado.
3- Olhar a parte de dentro dos sapatos antes de calçar: é uma medida importante para evitar ser picado por um escorpião que se escondeu lá dentro.
4- Checar roupas penduradas atrás da porta antes de se vestir: como eles gostam de madeira, é sempre bom ter cuidado com as portas desse material.
5- Checar bancos de madeira antes de se sentar.
Fontes: Agência Brasil e Estadão.
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legal
interesante
Oi ? Rafa , é a Catherine quarto B eu também achei perigoso e assustador ao mesmo tempo ❗️❗️
Meu deus que loucura ?
achei perigoso e assustador ao mesmo tempo.
qui loco iso
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