Por Helena Rinaldi e Joanna Cataldo

A 22ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) recebeu mais de 800 mil alunos de todo o país em 17 de maio. Dividida em quatro níveis, a competição testou estudantes do ensino fundamental ao ensino médio sobre temas como Sistema Solar, astronáutica, satélites e estrutura da Terra.

Para o astrônomo João Canalle, coordenador nacional da OBA, o estudo da astronomia é necessário para entender o que o universo está nos “contando”. “Precisamos saber por que existem a alternância do dia e da noite, as variações do clima ao longo do ano e os pontos luminosos no céu, entre outros”, diz. “Moramos sobre um planeta, temos uma lua que gira ao nosso redor, vivemos graças à energia de uma estrela [o Sol]. Acho que já é o suficiente para nos sentir parte do universo astronômico.”

Desde que começou, em 1998, a OBA já consagrou centenas de crianças e adolescentes com medalhas de ouro, prata e bronze. Entre as participantes de maior destaque da história da competição está Katarine K., 18 anos, de Santa Catarina. A estudante começou em 2016, no 9° ano, e não parou mais. Até o 3° do ensino médio, faturou uma medalha de bronze, duas de prata e uma de ouro. Katarine chegou a ser selecionada para a Olimpíada LatinoAmericana de Astronomia de 2018, no Paraguai, onde conquistou o ouro.

Agora, ela decidiu se dedicar profissionalmente à ciência e está de mudança para os Estados Unidos, onde vai cursar engenharia da computação aplicada em astrofísica e astronomia no Instituto de Tecnologia da Geórgia. “Quero fazer novas descobertas sobre o funcionamento do universo. Temos muito para aprender ainda”, diz.

Foguetes
A OBA inspirou a criação de outros eventos no país, como a Olimpíada Maranhense de Foguetes (Omafog), realizada entre 16 e 17 de maio, no município de Santa Rita. No total, 939 alunos se reuniram para fabricar foguetes com materiais caseiros e lançá-los à maior distância possível.

A competição teve um de seus momentos mais emocionantes na entrega da menção honrosa à Maria Cecília F., uma participante de 9 anos que tem paralisia cerebral. Com os outros membros de sua equipe, ela fabricou um foguete e, seguindo o seu pedido, fez o lançamento sozinha.

Quando perguntada sobre o que tinha achado da competição, ela respondeu que achou “boa” e que no ano que vem pretende se inscrever para a olimpíada nacional.

Fontes: Blog Avenidas, Estadão, Folha de S.Paulo, G1, Lupa e Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Fontes: Estadão, Folha de S.Paulo, G1, Portal Aprendiz, R7 e Veja.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 132 do jornal Joca.

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