Quase sete a cada dez (67%) estudantes brasileiros de 15 anos não percebem a diferença entre fatos e opiniões durante a leitura de textos. O dado está no relatório Leitores do Século 21: Desenvolvendo Habilidades de Alfabetização em um Mundo Digital, divulgado no dia 5 de maio pela Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O número brasileiro está acima da média de 53% registrada entre estudantes dos 79 países pesquisados pela OCDE. O estudo leva em conta a avaliação de leitura do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2018.

No documento, a OCDE afirma que a internet espalha diversas informações sem o devido controle sobre a verdade, principalmente nas redes sociais. Isso faz com que seja necessário que os estudantes aprendam nas escolas a diferenciar quais informações são ou não verdadeiras e distinguir fatos de opinião.

“As tecnologias digitais possibilitaram a disseminação de todos os tipos de informação, substituindo formatos tradicionais, como jornais, que geralmente fazem uma seleção mais criteriosa do conteúdo”, aponta o relatório. “Os leitores devem aprender estratégias para detectar informações tendenciosas e conteúdo malicioso, como notícias falsas e e-mails de phishing [crimes digitais para roubar dados]”, complementa o documento.

Entre os currículos escolares dos países da organização, 40% incluem alfabetização digital. Procuradas pela OCDE durante a pesquisa, escolas brasileiras informaram que o estudo sobre o uso da internet nessas instituições é tratado em todas as disciplinas e que não há uma matéria específica sobre o tema.

Fontes: G1, OCDE e Veja.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 171 do jornal Joca.

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