Alunos do Colégio Motiva, em Campina Grande, na Paraíba, aprendem sobre o solo e alimentação saudável na horta da escola.

por Mariana Labbate

As férias são sempre muito esperadas, mas existem maneiras de continuar brincando e matar as saudades do tempo livre mesmo depois que elas acabam.

Confira quatro atividades para fazer durante o recreio, antes e depois das aulas, e que podem ser tão divertidas quanto os meses longe da escola.

Horta

Cultivar uma horta na escola é um ótimo jeito de se divertir colocando a mão na massa. Você pode aprender como plantar diversos tipos de flores, verduras e vegetais, descobrir como cuidar deles e comê-los depois!

Caso sua escola não tenha espaço para uma horta, uma dica: existem plantas que não precisam de muito para crescer e que podem ser cultivadas em garrafas pet. É também uma maneira de reutilizar esses recipientes plásticos. Para isso, basta lavar a garrafa, abrir um buraco em sua lateral, encher de terra, colocar as sementes e deixá-la em um lugar onde bata a luz do sol.

O colégio Motiva, em Campina Grande, na Paraíba, mantém um projeto de horta há mais de 10 anos. Toda semana, participam dele crianças de 2 a 10 anos. Elas aprendem passo a passo como cultivar a terra: desde o plantio à rega, passando pelos cuidados com o solo até chegar à colheita dos resultados.

Os alunos do 2º ao 5º ano aprendem a identificar os diferentes tipos de solo e como se comportam. Eles também ficam sabendo sobre a compostagem, um método que transforma matéria orgânica – como restos de comida – em adubo para enriquecer a terra.

Além disso, o projeto de Alimentação Saudável ensina sobre os benefícios de um solo sem agrotóxicos (produtos químicos usados na terra) e de se comer alimentos orgânicos. A cada quinze dias, os alunos preparam uma receita com um dos ingredientes da horta e podem até levar os pratos para a casa.

Os alunos se encontram semanalmente e cuidam juntos da horta.

Grêmio

É uma forma dos alunos participarem mais da escolha das atividades escolares. Os membros do grêmio podem votar em brincadeiras que desejam ter no recreio, além de se comunicarem e ajudarem os professores de forma organizada.

“O grêmio é uma organização de alunos que ajudam as boas ações na escola”, afirma Lorena A.,  de 9 anos, que participa do grêmio da Escola Estadual Henrique Dumont Villares, em São Paulo (SP). Amanda F., que também tem 9 anos, explicou o que ela faz como membro do grêmio: “a gente entrega os brinquedos para as crianças brincarem no recreio. Eu gosto de ajudar no recreio quando as crianças precisam”.

Maria, mãe da Lorena, também falou um pouco sobre como a iniciativa é importante para a filha. “Depois que ela encontrou o grêmio, ficou mais comunicativa, perdeu a timidez, conversa e se expressa melhor. Eu acho muito importante”.

Oficinas

São como aulas práticas que ensinam coisas diferentes das matérias que estamos acostumados a ver na escola. Uma oficina pode ensinar artesanato, música, dança e até mesmo culinária, para citar alguns exemplos.

No Colégio pH, no Rio de Janeiro, existe um ciclo de oficinas durante o semestre com um tema em comum: direitos humanos. A mais recente na programação foi uma oficina de grafite, onde os alunos aprenderam a grafitar e discutiram sobre o tema. Cada oficina dura de quatro a seis encontros.

“Os alunos desenvolvem atividades diversas, de pesquisas a debates, passando por trabalhos em grupo. O objetivo é aumentar e consolidar o conhecimento sobre o assunto”, explica Filipe Couto, o diretor das unidades pH de Botafogo.

As oficinas temáticas são um jeito desenvolver novas habilidades e aprender coisas novas.

Brincadeiras de outras partes do mundo

Em cada país, as crianças aproveitam o recreio de um jeito. Na Escola Estadual Marechal Deodoro, de São Paulo, as brincadeiras bolivianas se misturam com as brasileiras na hora do intervalo. Uma delas é a Chão de Lava, onde as crianças imaginam que o chão é todo feito do material quente que sai do vulcão em erupção.

Isso acontece porque muitos dos alunos da escola vieram da Bolívia – cerca de 40% dos alunos são de outro país ou são filhos de imigrantes. Assim, brasileiros e bolivianos podem se divertir e aprender com a diversidade.

Mas se não há tantos imigrantes na sua escola, sem problemas. É só pesquisar com professores e colegas sobre como as crianças em outros países se divertem na hora do intervalo e escolher as brincadeiras internacionais que melhor se encaixam na sua escola.

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