Meses de julho, agosto, setembro e outubro registraram recordes de temperaturas
Novos dados divulgados pelo observatório europeu Copernicus, em 8 de novembro, mostram que 2023 pode se tornar o ano mais quente em 125 mil anos. O relatório aponta que outubro foi o mais quente da história, superando em 0,40°C (graus Celius) o último marco, registrado em 2019.
Além de outubro, 2023 coleciona outros meses que quebraram recordes: agosto e setembro também foram considerados os mais quentes da história em relação ao mesmo período. Por sua vez, julho de 2023 foi considerado o mês mais quente de toda a história em âmbito geral, com a temperatura média global atingindo 16,63°C.
O aumento das temperaturas acontece, principalmente, em razão da emissão de gases prejudiciais ao efeito estufa. As mudanças climáticas, como o aquecimento global, fazem com que essas ocorrências se tornem cada vez mais comuns ao longo dos anos. Para desacelerar e reverter o processo de aquecimento da atmosfera, cientistas de todo o mundo defendem medidas de reparo e contenção dessas mudanças, como a interrupção da emissão de carbono e a busca por fontes de energia mais sustentáveis. Saiba mais sobre o assunto na reportagem especial da edição 209 do jornal Joca.
Além disso, 2023 enfrenta o El Niño, fenômeno que ocorre no Oceano Pacífico e afeta a temperatura e os padrões de chuva em todas as regiões do mundo. Em consequência do aquecimento das águas, a temperatura global também se eleva em até 0,2°C. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o El Niño deve durar até abril de 2024. O último ano mais quente registrado foi 2016, que também teve ocorrência do fenômeno.
Efeito estufa: fenômeno que mantém o planeta aquecido, mas que é intensificado por gases poluentes, como dióxido de carbono. Ao serem liberados (por transportes ou indústrias, por exemplo), esses gases sobem para a atmosfera terrestre e ficam “presos” ali, acumulando-se em uma espécie de camada. Essa camada impede o calor de sair da Terra e, ao ser intensificada pela ação humana, leva ao aquecimento global, responsável, por exemplo, pelo derretimento de geleiras, que faz com que o nível dos mares aumente.
Emissão de carbono: o gás carbônico (CO2) é um dos gases de efeito estufa (GEEs), responsáveis por desequilibrar o clima. Ele é liberado na atmosfera principalmente em atividades humanas que utilizam combustíveis fósseis como petróleo, carvão e gás natural. Outros GEEs são óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6) e metano (CH4).
Fontes: CNN, G1, UOL, Copernicus, Folha de S.Paulo e Observatório do Clima.
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