Prova internacional avalia o nível da educação pelo mundo
O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), uma prova que avalia alunos em todo o mundo, teve os resultados da edição 2018 divulgados em 3 de dezembro. No Brasil, onde cerca de 10 mil estudantes, de 638 escolas, fizeram a prova, apenas 2% tiraram nota máxima.
A pontuação na prova vai do nível 1 (o mais baixo) ao nível 6 (o mais alto). Os alunos devem atingir pelo menos o nível 2 para provar que sabem o necessário para a sua idade.
No Brasil, 43% dos estudantes, ou seja, quase a metade, ficaram no nível 2 ou abaixo dele nas três matérias avaliadas pela prova (leitura, matemática e ciências). Além disso, apenas 2,5% conseguiram atingir os níveis 5 ou 6 em pelo menos uma das matérias.
O que é o Pisa?
O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes é uma prova realizada a cada três anos para comparar o nível da educação entre os alunos dos países que participam. A prova de 2018 foi aplicada em 79 países e regiões, para cerca de 600 mil estudantes.
Quem responde a avaliação, que dura duas horas e possui conteúdos de matemática, ciências e leitura, são alunos de 15 anos. O objetivo é que, a partir dos resultados, o Pisa avalie como está o ensino das escolas em cada país e que, a partir disso, os governos decidam como melhorar a educação.
Brasil está abaixo da média dos países da OCDE
Em relação aos países da Organização Para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – uma associação de 64 países (como Itália, Canadá, Coreia do Sul, Chile e Turquia) que tem como objetivo buscar soluções para melhorar a vida dos seus habitantes – o Brasil sempre esteve abaixo da média.
O país teve um dos dez piores desempenhos do mundo em matemática, ficando em 71° lugar entre os 77 países. Isso significa que a maioria dos alunos não consegue fazer contas para responder as questões pedidas pela prova.
Na prova de ciências, o Brasil também ficou abaixo da média dos outros países, que era de 489 pontos (o país conquistou 404 e ficou em 67° lugar).
Em relação à leitura, o Brasil mostrou uma melhora desde que começou a participar da prova, em 2000. Entretanto, a pontuação continua praticamente igual desde 2009, e o país ocupa a 58ª posição neste tema.
Metade dos brasileiros conquistou pelo menos o segundo nível, o que significa que consegue entender a ideia principal dos textos, mas possui dificuldade de ler notícias e interpretar algumas informações. Apenas 2% dos brasileiros atingiram níveis que mostram que o aluno é capaz de entender textos longos.
Fontes: Agência Brasil, G1, G1, Folha de S.Paulo, Nexo e UOL.
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