Cerca de um terço dos jovens de até 18 anos em todo o mundo não têm acesso à internet. Isso quer dizer que 1 entre 3 jovens, em um universo de 346 milhões de pessoas, estão excluídas do mundo digital.

Um terço dos jovens de até 18 anos em todo o mundo não têm acesso à internet. | Crédito: Unicef

Os números foram divulgados no dia 10 de dezembro em relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).  Chamado “Situação Mundial da Infância 2017: Crianças e adolescentes em um mundo digital”, o documento mostra que a exclusão online dos mais jovens “exacerba as iniquidades” (ou seja, aumenta as desigualdades) e reduz a capacidade de crianças e adolescentes participarem de uma “economia cada vez mais digital”.

Por outro lado, o relatório aponta que os jovens são o grupo mais conectado do planeta, com 71% do público com acesso à internet, contra apenas 48% da população total do mundo.

Diferenças regionais e barreiras

Enquanto a juventude africana é a menos conectada, com cerca de três em cada cinco jovens offline, apenas um em cada 25 jovens na Europa está na mesma situação. Além da diferença regional, a língua é outra barreira.

Cerca de 56% de todos os websites estão em inglês. Segundo o Unicef, isso faz com que os jovens não consigam “encontrar conteúdo que eles entendam ou que seja culturalmente relevante”.

“A internet foi concebida para adultos, mas é cada vez mais usada por crianças, adolescentes e jovens – e a tecnologia digital afeta cada vez mais a vida e o futuro deles. Sendo assim, as políticas, práticas e produtos digitais devem refletir melhor as necessidades, as perspectivas e as vozes das crianças e dos adolescentes”, afirma no relatório o diretor executivo do Unicef, Anthony Lake.

Como é no Brasil

A falta de acesso à internet no Brasil pode chegar a 11,6 milhões de domicílios, mostrou estudo conduzido pela Agência Nacional de Telecomunicações entre 2016 e 2017.

Conforme o levantamento, 39,1 milhões de residências no país têm acesso à banda larga fixa ou 3G e 4G na telefonia móvel. Se o acesso ao serviço fosse universalizado e houvesse redução em preços cobrados dos usuários, haveria inclusão de 11,6 milhões de domicílios, totalizando 50,7 milhões de residências, apontou a Anatel.

A pesquisa, que é fruto do Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e utiliza dados do Censo 2010 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015, indica que um domicílio urbano tem três vezes mais chances de ter acesso à internet que um rural.

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Comentários (1)

  • Maria Eduarda Copede Carignato

    4 anos atrás

    nossa

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