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O vulcão Taal, nas Filipinas, entrou em erupção no dia 12 de janeiro e levantou fumaças e cinzas a uma altura de até 15 quilômetros. Mais de 53 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. De acordo com as autoridades locais, a erupção deve demorar semanas.

As áreas ao redor do Taal estão cobertas por uma espessa camada de cinzas e fumaça tóxica. O departamento de saúde recomendou que a população use máscaras e evite ficar ao ar livre.

As pessoas que moram em áreas de risco estão abrigadas em 38 centros de evacuação oferecidos pelas autoridades, e todos os voos dos aeroportos locais foram cancelados.

Como o vulcão fica cercado por um lago, existe o risco de causar um tsunami (uma onda gigante) e atingir as cidades vizinhas. Isso acontece porque, durante uma erupção, a lava exerce tanta força nas rochas que gera terremotos, criando grandes ondas que vão para todos os lados. Além disso, as rochas expelidas pelo vulcão podem atingir o lago, resultando em mais ondas. Uma equipe de cientistas está acompanhando as movimentações de perto para avisar quando o perigo passar.

O vulcão tem cerca de 300 metros de altura (o mesmo tamanho da Torre Eiffel) e fica em uma ilha no meio do lago Taal, a cerca de 60 quilômetros ao sul da capital, Manila. A região costuma atrair muitos turistas, que, inclusive, visitavam a própria cratera.

O vulcão Taal já despertou antes?

Sim. Ele já entrou em erupção 33 vezes desde 1572. A mais perigosa aconteceu em 1911 e causou a morte de 1.300 pessoas. A última erupção do Taal havia sido em 1977.

O que causa uma erupção?

Normalmente, uma erupção é causada pelo movimento das placas tectônicas. A Terra não é um único bloco rochoso, e sim vários blocos juntos. Quando esses blocos se movimentam muito, o material magmático (a lava) sobe e pode causar erupções. A maioria dos vulcões que entram em atividade se encontram nas bordas das placas tectônicas.

Correspondentes internacionais

“Apesar das recentes tragédias que aconteceram, vi um lado positivo disso. Muitas pessoas de todo o país se uniram para ajudar os evacuados doando coisas que eles precisavam, isso foi muito revigorante. Minha irmã, meus primos e eu também decidimos ajudar e organizamos uma campanha de doação para todas as pessoas afetadas. Com o dinheiro arrecadado, pudemos comprar alguns itens essenciais para as vítimas e ajudamos 46 famílias. Também empacotei todos os meus doces para dar aos jovens evacuados para ajudá-los a atravessar o trauma de fugir de seus casas de segurança.” Ashley P., 9 anos, Batangas, Filipinas.

“Mesmo agora, exatamente uma semana após a erupção do vulcão, toda a província de Batangas ainda está em estado de calamidade, já que as autoridades não podem dar uma resposta definitiva se estamos ou não seguros. Embora a queda de cinzas tenha diminuído, os terremotos ainda não acabaram. Relatórios afirmam que a atividade vulcânica pode durar de dias a vários meses, então muitas pessoas têm medo de que nunca iremos recuperar tudo após terminar”. Darmarie G., 16 anos, Batangas, Filipinas.

“Quando eu soube da erupção do Taal, fiquei muito nervosa, com medo e fiquei triste pelas pessoas que tiveram que deixar suas casas por causa das constantes ameaças do vulcão. Apesar disso, tiveram consequências positivas. Todo mundo está ajudando quem precisa com alguma coisa e mesmo as pessoas que foram afetadas continuam a ajudar umas às outras. A maioria das pessoas não sabem ainda o que vai acontecer com o vulcão Taal, mas elas estão esperançosas.” Kaith A., 11 anos, Batangas, Filipinas.

“Enquanto o Taal estava entrando em erupção, eu senti os terremotos e vi fumaça no céu. Fiquei aterrorizado e triste porque meu pai ligou para mim e para minha mãe falando que seu voo para Papua Nova Guiné tinha sido cancelado e ele não podia ir para casa porque as estradas estavam fechadas. A erupção fez com que as aulas fossem suspensas em todas as escolas da região de Batangas, até a comemoração do meu aniversário de sete anos na escola foi cancelada. Eu fiquei muito triste por não comemorar meu aniversário com meus colegas e professores, mas ao invés de ter uma festa minha mãe cozinhou para as pessoas que tiveram que deixar suas casas como meu presente para elas.” Sean P., 7 anos, Batangas, Filipinas.

“Logo depois da chuva de cinzas, estão acontecendo tantos terremotos que parece novidade quando não sentimos o solo tremer. Quando achamos que não podia piorar, enormes rachaduras começaram a atravessar as terras e estradas da região e o rio Pansipit, que deságua no lago Taal, secou. Na verdade, não existe um único dia de paz desde a erupção do vulcão Taal.” Angela M., 16 anos, Batangas, Filipinas.

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Comentários (2)

  • Italo

    3 anos atrás

    uau que legal

  • DIOGGO BORTOLINI VIGANÔR

    4 anos atrás

    Poxa que desastre!

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